
A Azul Linhas Aéreas compartilha hoje, 12 de maio, a história de uma agente de limpeza paraense que ganhou bolsa de estudos e realizou o sonho de ser comissária de voo.
A história de Azmavete de Almeida com a aviação começou muito antes dela trabalhar na Azul. Natural de Belém (PA), ela foi mãe pela primeira vez ainda na adolescência e, neste ano, realizou um sonho antigo: se tornar comissária de voo.
“Em 2015, consegui meu primeiro emprego. Era em uma terceirizada que fazia a limpeza de aeronaves e, todos os dias, eu reparava na rotina das comissárias. Certa vez, conversei com uma delas que me falou o quanto estava cansada, mas que amava o que fazia. Aquilo me tocou, ei a observar como era apaixonante aquela vivência. Quatro anos depois, fui demitida e ei a trabalhar em um supermercado, mas não gostei. Meu sangue batia mais forte pela aviação, era um desejo incontrolável de trabalhar ali”, contou.
Durante a pandemia, Azmavete deixou o supermercado e, com a indenização, pagou um curso online de comissárias, mas não pôde concluir o treinamento de sobrevivência na selva, marcado para o mês de outubro de 2020, porque precisou cuidar da mãe que havia se acidentado.
“É muito difícil sentir que o seu sonho foi ceifado, já tinha desistido, quando um dia fiquei olhando para o céu e vi o Bandeirão, avião da Azul, ar. Entendi como um recado divino para despertar e correr atrás daquilo que eu queria”, completou.
O processo contou com o incentivo dos filhos. Daiane, agente de solo na Azul há sete anos, sugeriu que ela buscasse uma vaga na mesma área em Campinas, hub da Companhia. Azmavete ou no processo seletivo para agente de aeroporto, fez todo o processo e exames issionais, mas no dia da apresentação, não tinha dinheiro nem onde ficar. Foi quando outra Tripulante (como são chamados pela Azul todos que trabalham na empresa) sentiu empatia e ofereceu sua casa para Azmavete dormir.
Encerrado o período de experiência, Azmavete alugou um lugar para morar e se estabeleceu em Campinas. Sete meses depois, abriram as inscrições da Associação Voar, instituição que financia a formação de profissionais da aviação, mas ela não tinha o tempo de casa exigido para participar.
“Dois dias antes do encerramento das inscrições, rezei e pedi uma luz, se era para eu seguir naquele caminho. Às seis da manhã do outro dia, li o comunicado interno dizendo que qualquer Tripulante poderia participar”, contou.
Ela fez todas as etapas do processo. “Na última, em Azullville, sede da empresa em Barueri, em 2022, tinham 24 a 25 pessoas tentando entrar no processo da bolsa de estudos para comissária. Eu sempre disse que uma daquelas vagas era minha. Acreditei. Fiz todas as entrevistas com os gestores e um vídeo. Um belo dia, vejo chegar na minha casa um ônibus da Azul com as diretoras de Comissários e de Operações a bordo. Elas vieram em festa me falar que tinha sido aprovada na Associação Voar. Todo o meu curso foi custeado por eles, inclusive alimentação e transporte. Concluí com êxito a etapa que anos atrás não consegui”, afirmou Azmavete.

No último mês de março, Azmavete finalmente se formou, mas já tem novos objetivos.
“Fui mãe aos 13, 14, 16 e 19 anos. Três dos meus filhos trabalham na Azul. Hoje, sou avó. Fui muito desmotivada por um homem e ei por muitas adversidades, mas sempre com muita fé e com a força que meus filhos me dão. Agora, eu não vou parar. Todo meu foco agora é aprender inglês para me tornar comissária internacional, é um comprometimento que fiz comigo e com a Azul. Tenho 42 anos e a empresa confiou em mim. Vocês não sabem o que é vestir o uniforme e saber que você é uma comissária. Ainda não caiu a ficha, mas os meus sonhos estão só crescendo”, finalizou.
