
Durante uma audiência, na última quarta-feira (26), perante o Comitê de Apropriações, Subcomitê de Transporte, Habitação e Desenvolvimento Urbano e Agências Relacionadas, Billy Nolen, Interino da istração da Aviação Federal dos Estados Unidos (FAA), enfatizou a importância crítica de continuar com os fundos necessários para manter o sistema aeroespacial do país seguro e eficiente.
Os comentários de Nolen vêm enquanto o Congresso considera um projeto de lei que propõe elevar o teto da dívida em US$ 1,5 trilhão, juntamente com drásticas restrições de gastos que afetariam significativamente os orçamentos de agências governamentais, incluindo a FAA.
A medida, promovida pelo partido Republicano, foi aprovada por escassa margem na Câmara dos Deputados, mas espera-se que não avance no Senado, controlado pelos Democratas, ou que seja vetada por Joe Biden.
“A FAA opera o sistema aeroespacial mais seguro e eficiente do mundo. Mas isso não aconteceu por acaso. Simplificando: a segurança não é gratuita”, afirmou Nolen, enfatizando a necessidade de financiamento contínuo, previsível e robusto.
A conta oficial da FAA no Twitter apoiou a mensagem de Nolen, detalhando três questões específicas que seriam afetadas pelos cortes orçamentários: suspensão do treinamento de novos controladores, fechamento de 375 torres de controle e deixar o controle de tráfego aéreo descontrolado, dois terços do espaço aéreo dos EUA.
The impacts of budget cuts to the FAA include:
— The FAA ✈️ (@FAANews) April 26, 2023
✈️ New air traffic controller training SUSPENDED
✈️ 375 towers CLOSED
✈️ No air traffic control services for TWO-THIRDS of the national airspace
Read @FAA_Billy’s full remarks at https://t.co/2HUry2OqrR. pic.twitter.com/5TtMjXv70I
Ele apontou o pedido de orçamento de US$ 19,8 bilhões do presidente para o próximo ano fiscal, juntamente com os US$ 5 bilhões fornecidos pela Lei de Infraestrutura Bipartidária para reduzir o acúmulo de projetos aeroportuários e de tráfego aéreo, como essenciais para manter o registro de segurança da FAA.
Nolen destacou a importância desse financiamento para duas áreas principais do trabalho da FAA: operação do sistema de tráfego aéreo e supervisão de companhias aéreas, fabricantes e tripulações.
Ele também explicou a alocação de solicitação de orçamento de US$ 26,2 milhões adicionais para supervisão de segurança, incluindo financiamento para 53 novos cargos para concluir a implementação da Lei de Certificação, Segurança e Responsabilidade de Aeronaves. Esse financiamento também atenderia às recomendações de investigações recentes e análises independentes após os acidentes do Boeing 737 MAX.
O Interino também enfatizou a importância da modernização dos equipamentos e instalações de controle de tráfego aéreo. Solicitou US$ 510,8 milhões na conta de Instalações e Equipamentos para atualizar as instalações de controle de tráfego aéreo, observando que o acúmulo de reformas e reparos incompletos para instalações que apoiam diretamente as operações totalizam US$ 5,3 bilhões.
Nolen mencionou que o centro de tráfego médio em rota ou edifício de controle combinado tem 61 anos e mais de 50% das instalações de controle de radar do terminal têm mais de 40 anos.
Além disso, Nolen expressou preocupação com as possíveis consequências dos cortes orçamentários propostos. “Isso não é um exagero: os cortes orçamentários que alguns consideraram seriam severos, profundos e chocantes para o público voador. Os cortes vão desacelerar a modernização de sistemas obsoletos, dificultar nosso esforço para treinar mais controladores e comprometer nosso trabalho para inaugurar a próxima era da aviação”, alertou.
Nolen concluiu garantindo ao comitê que a FAA seria responsável pela istração dos fundos fornecidos e expressou esperança em seu apoio.
Leia mais: