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Crianças soltam balões em creche e fecham espaço aéreo nos Açores; voos são desviados 3mc45

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Aviões parados no Aeroporto de Ponta Delgada
Aeroporto de Ponta Delgada – Divulgação: ANA Aeroportos

Uma celebração infantil terminou em transtornos para o setor aéreo português nesta sexta-feira (6), quando a soltura de balões por uma creche levou ao fechamento do espaço aéreo no Arquipélago dos Açores, em Portugal.

O incidente ocorreu na creche Coriscolândia, que promoveu a soltura de cerca de 300 balões em comemoração ao fim do ano letivo — que no hemisfério norte vai de agosto/setembro até o final de maio ou início de junho. O problema é que a instituição está localizada próxima ao Aeroporto João Paulo II, o principal dos Açores, situado na cidade de Ponta Delgada.

Os balões entraram na rota de aproximação das aeronaves, forçando o fechamento temporário do espaço aéreo local por motivos de segurança. Pelo menos três voos foram desviados para o Aeroporto de Santa Maria, em outra ilha do arquipélago.

Entre os voos afetados, dois eram operados por turboélices Dash 8 da companhia local SATA Air Açores e um por um jato Bombardier Challenger 650 da empresa suíça Rega, especializada em transporte aeromédico. Não há confirmação se o voo da Rega transportava um paciente no momento ou iria evacuar um enfermo em Ponta Delgada, mas esse tipo de operação é comum nos Açores devido à limitação de serviços médicos de alta complexidade.

A NAV Portugal, estatal responsável pelo controle do tráfego aéreo no país, afirmou em nota ao jornal Açoriano Oriental que foi informada pela creche sobre a atividade, mas que não autorizou a soltura dos balões. Mesmo assim, a atividade foi realizada.

Por outro lado, a direção da Coriscolândia declarou que notificou a NAV Portugal na quinta-feira e que teria recebido autorização para soltar os balões às 11h25 (hora local), inclusive com uma nova confirmação feita na manhã da sexta-feira. No entanto, uma terceira ligação foi feita pouco antes do evento vetando a soltura — mas, segundo a creche, o aviso chegou tarde demais. A instituição também ressaltou que a soltura ao final do ano letivo é recorrente e que todos os anos a prática foi coordenada sem problemas com a NAV Portugal.