
Três dias após o anúncio de novas rotas domésticas, a Cubana de Aviación não fará mais os novos voos dentro do país, ao menos não por enquanto.
De acordo com informações do site 14ymedio, o diretor geral de transportes e agens do Ministério do Transporte, Luis Ladrón de Guevara, anunciou que a companhia manterá cancelado seus voos domésticos por conta do mau estado das aeronaves.
“A disponibilidade técnica da frota não é um segredo que está bem afetada e muito limitada na aquisição de peças para manter nossas aeronaves em voo, então essa programação não vai começar até que as condições de nossas aeronaves estejam adequadas para começar a oferecer voos domésticos”, disse Luis em rede nacional de televisão quando explicava a atual situação.
Nesse mês, no dia 16, a Cubana de Aviación anunciou algumas novas rotas nacionais que tinham o início dos voos previsto para novembro. Entre os destinos se destacam ligações de Havana para Holguín e várias novas rotas de Nova Gerona e Santiago de Cuba.
Esses voos já não aparecem mais na página da companhia na internet, que no momento só faz promoções e divulgações dos trajetos para México e Colômbia.
A companhia possui em sua frota seis Antonov AN-158, mas cinco deles estão há tempos parados por diversos motivos mecânicos e apenas um em processo de manutenção para poder voltar aos ares de Cuba.
Além disso, atualmente a frota própria da empresa é de dois ATR 42-500, um ATR 72-200, dois Embraer 110 Bandeirante e um Ilyushin Il-96, enquanto os demais aviões são arrendados, porém, não há um detalhamento sobre quais destes equipamentos e dos arrendados estariam ou não em condições inadequadas de manutenção.
A crise dentro da estatal cubana não é de hoje. Recentemente, por exemplo, a empresa se envolveu em um enorme problema internacional quando a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) informou às agências de viagens que a Cubana não participaria mais do mecanismo de compensação de pagamentos BSP (Bank Settlement Plam) da Espanha, sendo assim que deviam deixar de emitir bilhetes e reembolsos em nome da companhia.
Também vale ressaltar o acidente de 2018 o qual 112 pessoas a bordo de um Boeing 737-200 morreram após o avião decolar, perder altitude e explodir em chamas.