
A KLM expressou sua intenção de buscar compensação do governo holandês devido à perda de receita resultante da cúpula da OTAN, que ocorrerá em Haia nos dias 24 e 25 de junho. A declaração foi feita pela CEO da companhia aérea, Marjan Rintel, em uma entrevista à estação de rádio BNR.
A cúpula da OTAN deve reunir quase todos os líderes governamentais ocidentais, e, por questões de segurança, o espaço aéreo sobre Haia será fechado durante o evento. Além disso, a pista Polderbaan, do aeroporto de Amsterdã, será designada para servir como estacionamento para aeronaves oficiais, enquanto a pista Buitenveldertbaan ficará fechada para manutenção.
Como consequência, foi determinado que 10% dos voos no Aeroporto Schiphol precisarão ser cancelados durante essa semana, embora a KLM, maior usuária do aeroporto, enfrente uma redução maior, com o cancelamento de 20% de seus voos.
Rintel comentou sobre o impacto que isso terá sobre a companhia: “Esse é outro revés em um ano em que queremos melhorar os resultados. Com certeza discutiremos isso com o governo e pediremos compensação.”
Ela preferiu não revelar os custos específicos relacionados às perdas, mas destacou a importância da cúpula da OTAN em meio à atual incerteza geopolítica, afirmando que as tensões nesse cenário não beneficiam ninguém, nem mesmo a aviação.
O ministro de Infraestrutura, Madlener, respondeu à solicitação da KLM, informando que o Ministério das Relações Exteriores está colaborando com o Rijkswaterstaat para criar um balcão central de reclamações para empresas e agências que temem sofrer prejuízos devido à cúpula da OTAN.
“As partes que acreditam ter sofrido danos podem apresentar um pedido de indenização. Então, poderemos avaliar quais partes podem ser compensadas”, afirmou Madlener.
O ministro enfatizou que não espera que a KLM seja a única afetada, pois a situação tem um impacto significativo no ambiente em geral.