
Decolou de Guarulhos na tarde desta terça-feira (22) o Boeing 747-300F da bielorrussa TransaviaExport, concluindo a primeira operação desta empresa ao Brasil. Tal voo foi raro não apenas por tratar-se de uma empresa bielorrussa, mas também porque o avião usado é um dos últimos jumbos do modelo 300 ainda voando no mundo. 3l5w3g
Embora rara, a aeronave não pôde ser visualizada pela maioria das pessoas, já que foi estacionada no pátio 7 do aeroporto de Guarulhos, um local “escondido” da vista de quem estava do lado-terra do aeroporto (o terminal de ageiros, por exemplo).
Por outro lado, como a partida ocorreu às 16h05 (hora de Brasília) e foi captada ao vivo pela câmera do canal SBGR Live do Youtube (imagens no vídeo abaixo), a visita ficou registrada para a posteridade. Segundo consta do registro de voos da ANAC, o destino da aeronave é Luanda, em Angola.
Essa operação foi acompanhada pelo AEROIN com exclusividade, desde a o começo do mês de março. Assista ao vídeo da decolagem (abaixo).
O raro Boeing 747-300 6m5i5l
Esse modelo do Boeing 747-300 teve apenas 81 unidades produzidas: 56 da versão normal de ageiros, 21 da versão 300M (Combi – carga e ageiro) e 4 da versão SR japonesa, que tinha menor alcance mas permitia configurações densas de até 584 assentos e seria usada nas rotas domésticas do Japão.
No Brasil, a VARIG teve cinco jatos do modelo entre 1985 e 2000.
Atualmente, no mundo, são raríssimos os aviões do modelo ainda voando, sendo possível contá-los nos dedos de uma mão. Um deles é o jato da bielorussa TransaviaExport Cargo, de matrícula EW-465TQ, que foi o último 300 a ser produzido, entregue originalmente para a belga Sabena como um modelo Combi.
Essa aeronave tornou cargueira pura em 2000, quando foi comprado pela Atlas Air. Desde então ou por várias aéreas até achar sua atual casa em Minsk, na Bielorússia, em 2016. Sua rotina hoje compreende voos na Eurásia e principalmente na região do Mar Negro.

Empresa discorda das sanções 66e4q
Uma curiosidade desta empresa é que ela é banida dos Estados Unidos. Uma publicação do Departamento do Tesouro Americano, datada de dezembro de 2021, diz o seguinte sobre a companhia aérea:
“A OFAC também está sancionando a JSC Transaviaexport Airlines (Transaviaexport), uma transportadora de carga controlada pelo Governo da Bielorrússia que enviou milhares de toneladas de munição e armas para zonas de conflito estrangeiras, como na Líbia”.
Em seu site a empresa diz não concordar com as sanções. “A adoção de medidas sancionatórias em relação às atividades da JSC Transaviaexport Airlines e de suas aeronaves Il-76 são desarrazoadas e não correspondem à realidade quanto à participação da companhia aérea em qualquer tipo de transporte aéreo proibido na aviação civil ou em violação o procedimento estabelecido e as regras para as atividades de aviação É uma medida inaceitável que mina a autoridade do sistema de aviação civil internacional”.
A outra curiosidade é que sua frota é composta por cinco Ilyushin IL-76 e um Boeing 747-300.
