
A companhia aérea de baixo custo Spirit Airlines está considerando a possibilidade de declarar falência, de acordo com fontes citadas pelo Wall Street Journal (WSJ), que estariam a par das negociações entre a empresa e seus credores sobre os possíveis termos dessa medida.
Essa dramática reviravolta na empresa com sede na Flórida ocorre poucos meses após a Spirit registrar um prejuízo líquido de US$ 192 milhões no segundo trimestre. O CEO, Ted Christie, atribuiu o resultado à supercapacidade no setor e à “intensa batalha competitiva” pelo viajante de lazer sensível a preços.
Os sinais de alerta estavam claros há algum tempo. Em fevereiro de 2022, a Spirit anunciou sua intenção de se fundir com a também companhia de baixo custo Frontier Airlines, o que teria criado a quinta maior empresa aérea dos Estados Unidos.
No entanto, esse acordo foi abandonado quando a JetBlue atraiu os acionistas da Spirit com uma oferta mais vantajosa, que tinha como principal objetivo adquirir a frota de aeronaves de corredor único da Spirit para fortalecer seus próprios planos de expansão.
A fusão enfrentou forte resistência do governo Biden e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), que iniciaram uma ação legal para bloquear o acordo, alegando que ele prejudicaria a concorrência no setor. Em janeiro, um juiz federal decidiu a favor do DOJ, e, meses depois, as duas companhias aéreas optaram por não contestar a decisão judicial.
Desde então, a Spirit vem tentando se reposicionar no mercado com novas ofertas “” e pacotes que incluem seleção gratuita de assentos e franquia de bagagem despachada.
De acordo com as fontes citadas pelo WSJ, a empresa está discutindo a possibilidade de um pedido de falência sob o Capítulo 11, com a chance de reestruturar suas finanças fora dos tribunais. As conversas estão centradas no processo de falência, mas uma decisão não é esperada de forma imediata.
Enquanto isso, a Spirit já alertou que suas perdas no terceiro trimestre deverão ser ainda maiores. Mais uma vez, a empresa culpa a supercapacidade no setor, especialmente entre as companhias de baixo custo, que operam com margens extremamente apertadas.
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