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Nova Delhi, Índia – Após abrir uma subsidiária na Índia, a Embraer tem apostado fortemente no mercado de aviação comercial do país, que ainda conta com uma presença limitada de jatos regionais.
Enquanto a divisão indiana da Embraer está mais focada em uma possível grande venda do cargueiro militar KC-390 para a Força Aérea Indiana, a divisão de aviação comercial da fabricante brasileira tem intensificado seus esforços para ganhar espaço no país com a linha de jatos regionais E2.
Atualmente, a presença da Embraer na Índia é modesta, com apenas cerca de 50 aeronaves em operação — incluindo modelos militares de alerta aéreo antecipado, executivos e comerciais. Esse número contrasta com mercados como China e Japão, onde a frota de jatos da Embraer é significativamente maior, apesar da forte presença da Airbus e da Boeing nesses países.
Um dos fatores que explicam esse cenário é a baixa densidade da aviação regional na Índia, especialmente se comparada aos países vizinhos. Visando preencher essa lacuna, a Embraer tem apresentado suas aeronaves da família E2 — especialmente o modelo E195-E2, com capacidade para até 146 ageiros — para companhias como a tradicional Air India e a low-cost IndiGo.
A informação foi divulgada por representantes da Embraer à agência Press Trust of India, durante a Assembleia Geral Anual da IATA, realizada em Nova Délhi.
A própria Air India sinalizou que poderá anunciar, em breve, novas aquisições de aeronaves, possivelmente já durante o Paris Air Show, incluindo jatos de corredor único e de dois corredores tanto da Airbus como da Boeing. A empresa, recentemente privatizada, tem demonstrado apetite por renovação e expansão da frota.
Apesar disso, as negociações entre a Embraer e as companhias aéreas indianas ainda estão em estágios iniciais, e não há expectativa de fechamento de acordos no curto prazo.
