
A fabricante brasileira Embraer anunciou na manhã desta terça-feira, 6 de maio, os resultados financeiros e operacionais do primeiro trimestre do ano de 2025. A Embraer entregou um total de 30 jatos no 1T25, sendo 7 jatos comerciais (3 E195-E2 e 4 E175-E1) e 23 jatos executivos (14 leves e 9 médios), o que representa um aumento de 20% em relação às 25 aeronaves entregues no ano anterior.
A carteira total de pedidos atingiu US$ 26,4 bilhões no 1T25, superando o recorde histórico estabelecido no trimestre anterior.
Como destaque, a Embraer reafirma suas previsões para o ano, com entregas na divisão de Aviação Comercial entre 77 e 85 aeronaves e na Aviação Executiva entre 145 e 155 unidades.
A receita total da empresa está projetada entre US$ 7,0 e US$ 7,5 bilhões, com uma margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3%, e um fluxo de caixa livre ajustado de pelo menos US$ 200 milhões. Importante ressaltar que os resultados do primeiro trimestre não foram impactados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
As receitas totalizaram R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre, representando o melhor resultado para esse período desde 2016 e um aumento de 44% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior (1T25 x 1T24).
O EBIT ajustado alcançou R$ 359,2 milhões, resultando em uma margem de 5,6% no 1T25, um aumento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Sem considerar a operação da Eve, o fluxo de caixa livre ajustado foi negativo em R$ 2,3 bilhões durante o 1T25, um resultado atribuído à preparação para um número maior de entregas de aeronaves nos próximos trimestres.
A companhia aprovou o pagamento de R$ 51,4 milhões em dividendos, correspondendo a R$ 0,07 por ação, relativos ao ano de 2024.
A Embraer emitiu US$ 650 milhões em títulos de 10 anos com um spread de 158 pontos-base acima do Tesouro dos EUA no 1T25 e adquiriu US$ 522 milhões em títulos com vencimento em 2027 e US$ 150 milhões em títulos com vencimento em 2028.
A empresa estendeu a duração de sua dívida para 6,3 anos (em comparação a 3,8 anos no 4T), encerrando o trimestre com uma relação dívida líquida/EBITDA de 0,5x, em comparação a 1,8x no mesmo período do ano ado.