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Embraer e Lockheed Martin competem “forte” por compra de até 80 aviões de transporte pela Índia

A crescente concorrência em torno dos requisito para as próximas Aeronaves de Transporte Médio (MTA) da Índia está se intensificando, com a Embraer e a Lockheed Martin promovendo intensamente suas propostas.

Ambas as empresas emitiram declarações durante o Aero India 2025 sobre o pedido de informações emitido pelo ministério da defesa em 2023, que destacou a necessidade de 80 aeronaves táticas na faixa de 18 a 30 toneladas de capacidade de carga. Essas aeronaves substituirão os antigos Antonov An-32 e Ilyushin Il-76 da Força Aérea Indiana.

O ex-Marechal do Ar, VR Chaudhari, que se aposentou da Força Aérea em 2024, comentou que, embora o projeto não seja uma prioridade imediata, o processo de aquisição deve começar nos próximos três a quatro anos. “É provável que iniciemos o processo de aquisição em dois ou três anos, e deve ser em grande parte fabricado na Índia”, disse Chaudhari.

Proposta da Embraer

A Embraer está promovendo o C-390 Millennium como uma opção ideal para atender à demanda de aeronaves de transporte tático. A fabricante brasileira sugere que a Índia poderia se tornar um hub para a produção e o fornecimento dessas aeronaves na região.

A oferta da Embraer inclui o estabelecimento de uma linha de montagem, desenvolvimento industrial, fabricação de peças e gerenciamento de MRO local (Manutenção, Reparação e Revisão), logística e treinamento.

Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa e Segurança, revelou que uma nova subsidiária da Embraer na Índia está planejada para Nova Délhi e deverá estar operacional no segundo trimestre de 2025.

Essa subsidiária oferecerá serviços de engenharia, realizará fornecimento estratégico, disponibilizará e de serviço e peças, além de lidar com tarefas relacionadas ao desenvolvimento de negócios. Em fevereiro de 2024, a Embraer nomeou a Mahindra Defence Systems como seu parceiro local.

A Embraer enfatiza a flexibilidade do C-390, destacando que leva apenas 4 horas para instalar tanques internos e pods de asas roll-on/roll-off, permitindo a conversão da aeronave para função de reabastecimento. Além disso, a aeronave pode ser rapidamente reconvertida para transporte de tropas.

A frota de C-390 em operação já acumulou 16.500 horas de voo. A Força Aérea Húngara, que recebeu seu primeiro avião em setembro de 2024, já realizou mais de 240 horas de voo, enquanto a Força Aérea Portuguesa contabiliza 1.700 horas de voo com suas duas aeronaves desde a chegada da primeira, em outubro de 2023.

Proposta da Lockheed Martin

Por outro lado, a Lockheed Martin, produtora do C-130J, e seu parceiro local, Tata Advanced Systems Limited (TASL), firmaram planos para estabelecer uma instalação de MRO para o C-130J em Bengaluru. Essa instalação dará e não apenas às 12 aeronaves C-130J já em operação pela Força Aérea Indiana, mas também a operadores globais.

Em setembro de 2024, as duas empresas discutiram a possibilidade de produção local do C-130J, embora isso dependa da aprovação do governo dos EUA. A TASL já está envolvida na produção do estabilizador do C-130J em Hyderabad.

A Lockheed não forneceu detalhes concretos sobre suas intenções com o C-130J na Índia, mas expressou confiança de que a aeronave “atenderá e superará” os requisitos indianos.

A competição entre Embraer e Lockheed Martin para fornecer aeronaves à Índia não apenas destaca a crescente demanda por soluções de transporte aéreo eficientes, como também reflete a importância de parcerias locais para o sucesso de tais iniciativas. O projeto é de longo prazo e os próximos meses vão definir o futuro do programa.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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