A Embraer está focada na possibilidade de mais vendas dentro da maior e mais poderosa aliança militar do mundo para continuar expandindo o mercado do KC-390.
Atualmente, o cargueiro militar KC-390 Millennium já foi adquirido por nove países: Brasil, Portugal, Hungria, Coreia do Sul, Holanda, Áustria, República Checa e um cliente não revelado (possivelmente o Uzbequistão). Além disso, foi oficialmente selecionado pela Suécia e pela Eslováquia para modernizar suas forças aéreas.
Agora, o número de clientes na OTAN pode saltar de seis para nove, segundo informou o ministro da Defesa, José Múcio. Hoje, os países da aliança que já operam ou irão operar o KC-390 são: República Checa, Eslováquia, Portugal, Hungria, Holanda e Suécia. Em breve, Finlândia, Polônia e Turquia poderão se juntar a esse grupo.
Em entrevista à Reuters, Múcio afirmou que as “negociações para expandir o mercado do KC-390 são permanentes e otimistas”, citando os três países do bloco militar ocidental.
As tratativas com a Polônia já estão mais avançadas, e a Embraer oferece uma parceria para a produção local da aeronave. Além disso, um recente acordo com a estatal turca TUSAŞ pode favorecer o KC-390 na Turquia. Enquanto esses dois países são operadores de longa data do C-130 Hércules, a Finlândia surge como uma possível nova compradora.
A Finlândia nunca havia sido citada como potencial cliente do KC-390, mas sua recente entrada na OTAN, junto da vizinha Suécia, que já escolheu o cargueiro brasileiro, pode mudar esse cenário. Atualmente, o maior avião de transporte da Força Aérea Finlandesa, a Ilmavoimat, é o C295 da Airbus, que pertence a uma categoria inferior ao KC-390.
O país sempre manteve uma frota aérea mais discreta na Escandinávia, operando aeronaves menores e participando do consórcio da OTAN que compartilha três aviões C-17. No entanto, com apenas 100 horas de voo disponíveis por ano, esse número aparentemente não é suficiente para atender à “crescente demanda” por transporte de material militar diante do atual cenário geopolítico global, especialmente para o país que tem a maior fronteira com a Rússia dentro do bloco.
