
No mais recente episódio do podcast “Window Seat” da Aviation Week, Aaron Karp, editor sênior da Routes e Air Transport World, conversou com David Neeleman, fundador e CEO da Breeze Airways, sobre a atual situação da aviação nos EUA e na América Latina, além de desafios como a cadeia de suprimentos e o controle de tráfego aéreo. 3j59f
Durante a conversa, Neeleman descreveu o mercado de aviação dos EUA como dividido. Ele observou que as grandes companhias aéreas, como Delta, United e American, estão se saindo bem após a pandemia, enquanto as companhias de baixo custo, como Spirit e Frontier, enfrentam desafios ao tentar competir com as maiores operadoras.
Aumento na capacidade das grandes companhias e a introdução de tarifas básicas tornaram difícil para as Ultralow-costs (ULCC) manterem sua vantagem de custo.
Respondendo a perguntas sobre atrasos nas entregas de aeronaves, Neeleman reconheceu que a cadeia de suprimentos ainda enfrenta desafios, mesmo quatro anos após o COVID-19.
Embora as entregas estejam atrasadas de duas a seis semanas, a Breeze está se ajustando a essa situação. Ele ressaltou a importância de manter um bom relacionamento com os fornecedores, especialmente em relação aos motores das aeronaves, que são cruciais para a operação.
Quando questionado sobre a expansão internacional da Breeze, Neeleman explicou que a companhia já opera charters internacionais, mas busca estabelecer serviços regulares. Ele mencionou que a Breeze está em processo de revisão dos manuais e trabalhando com a FAA para obter a certificação necessária para voos internacionais, com a expectativa de iniciar essas operações até o inverno.
Em relação ao mercado sul-americano, Neeleman elogiou a Azul Linhas Aéreas e destacou que ambos, Breeze e Azul, compartilham semelhanças em suas operações. Ele mencionou a enorme oportunidade de crescimento no Brasil, onde a quantidade de pessoas que viajam ainda é relativamente baixa em comparação com outros países da região.
A Azul, que opera com uma extensa rede de 150 cidades no Brasil, reflete o potencial de crescimento na aviação brasileira. Lembrando que a própria Azul também teve em Neeleman um de seus fundadores.
Ao final da conversa, Neeleman abordou as finanças da Breeze, mencionando que, embora a companhia não tenha gerado lucro no quarto trimestre do ano ado, as expectativas para o segundo trimestre são positivas. Ele ressaltou a importância de atingir a rentabilidade e expressou otimismo sobre a posição da Breeze no mercado.
“Estamos em uma posição muito boa e, com a maturidade dos mercados, esperamos alcançar a lucratividade,” concluiu.