
A Pakistan International Airlines (PIA) enfrenta uma crise grave, com metade de sua frota de 34 aeronaves atualmente inoperante devido à falta de peças essenciais e componentes de reposição.
Como relatou a imprensa indiana, entre as aeronaves afetadas, sete dos 12 Boeing 777 e sete dos 17 Airbus A320 estão fora de serviço. A pequena frota de ATR da companhia aérea também está prejudicada, com apenas dois de cinco aviões em operação.
A falta de peças críticas, como motores, trens de pouso e Unidades de Potência Auxiliar (APUs), está no centro da paralisação. Fontes na PIA indicam que a escassez de fundos e a falta de liquidações devidas por ministérios relevantes são as principais razões para esse déficit de componentes.
Isso afeta gravemente a eficiência operacional da PIA, que está tentando retomar voos para a Europa em 10 de janeiro, após um banimento de quatro anos. No entanto, a atual situação pode causar atrasos no planejamento de retomada dos serviços, inicialmente previstos para duas frequências semanais a Paris.
Esta não é a única preocupação da companhia aérea. A falta de componentes está complicando ainda mais o processo de privatização da estatal, cuja comissão tentava vender 60% das ações para investidores privados.
No início do ano, a tentativa de privatização fracassou, atraindo apenas uma única oferta de PKR 10 bilhões, muito abaixo do preço de reserva, o que levou à rejeição da proposta e à decisão de realizar uma nova rodada de ofertas.
A PIA, lançada na década de 1960 como um símbolo de orgulho nacional, tem lutado contra anos de má gestão, interferência política e excesso de pessoal, acumulando dívidas de cerca de USD 3 bilhões.
No ano ado, a companhia registrou perdas de USD 270 milhões. Além disso, sua frota envelhecida também é um problema persistente, resultando em cancelamentos e remarcações de voos devido a dívida com a companhia estatal de petróleo, Pakistan State Oil.