window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.atualizarondonia.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Erros primários de funcionários da RTX expõem dados de poderosos caças dos EUA à Rússia, Irã e China

A RTX, uma das principais empresas de defesa e aeroespacial dos Estados Unidos, se viu no olho do furacão após o Departamento de Estado dos EUA anunciar um acordo de US$ 200 milhões relacionado a vazamentos de dados técnicos de aeronaves militares para nações como Rússia, Irã e China.

Como informou o The Aviationist, os dados vazados abrangem quase todos os sistemas de aeronaves e mísseis relevantes das Forças Armadas dos EUA, incluindo modelos emblemáticos como o F-22 Raptor, F-35 Lightning II e a B-2 Spirit.

Os incidentes de vazamento ocorreram entre agosto de 2017 e setembro de 2023 e resultaram em 750 violações da Lei de Controle de Exportação de Armas e da ITAR (Regulamentações de Tráfego Internacional de Armas).

As violações foram atribuídas a “exportações não autorizadas de artigos de defesa” e à falta de classificação e jurisdição adequadas por parte da RTX. A empresa se viu em uma posição delicada, particularmente após ter divulgado voluntariamente os incidentes ao governo, o que pode ter influenciado a natureza do acordo.

Os problemas começaram quando funcionários da RTX viajaram internacionalmente com laptops carregados com dados técnicos controlados pela ITAR. Um exemplo incluía um empregado que viajou para São Petersburgo, na Rússia, em 2021, com um laptop cheio de informações sobre várias aeronaves militares.

Apesar de ter alertado a equipe de segurança cibernética da empresa sobre várias notificações de segurança em seu dispositivo, essas foram erroneamente descartadas como falsos positivos.

Em um outro incidente, um funcionário no Irã tentou ar seu sistema usando um provedor de internet local, expondo dados críticos. Embora a equipe de cibersegurança da RTX tenha conseguido detectar rapidamente e congelar o laptop, o equipamento ainda continha informações sensíveis sobre a B-2 Spirit e o F-22 Raptor.

Imagem: Jonathan Webb / CC BY 2.0, via Wikimedia

Entre outras violações, a RTX foi acusada de exportar sem autorização componentes do Tomahawk e de mísseis Evolved Sea Sparrow para uma série de países incluindo Austrália, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul.

As investigações apontaram que uma parte significativa das violações ocorreu na Collins Aerospace, uma subsidiária da RTX, que enfrentou “falhas sistêmicas históricas” em sua conformidade de controle de exportação. Relatórios indicam que a empresa estava envolvida em exportações não autorizadas de dados técnicos para a China, facilitando a aquisição de artigos de defesa de entidades chinesas.

Os impactos desse escândalo são profundos, especialmente em um momento em que os EUA buscam modernizar suas forças armadas em resposta ao aumento das tensões geopolíticas com potências rivais como Rússia e China. Recentemente, a Força Aérea dos EUA anunciou um contrato de US$ 1 bilhão com a RTX, visando atualizar a frota do F-22 Raptor com novas tecnologias de sensores e eletrônica.

No âmbito dessa penalidade, está previsto que US$ 100 milhões do acordo sejam suspensos se os fundos forem utilizados para fortalecer o programa de conformidade da RTX. Nos próximos 24 meses, a RTX também terá um Oficial de Conformidade Especial externo que supervisionará a implementação das medidas deste acordo de consentimento, incluindo auditorias externas das práticas da empresa.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Avião Boeing 737 MAX novo saindo de fábrica

Boeing volta a ganhar ritmo na produção do 737 MAX, diz...

0
Safran elogia retomada da produção do Boeing 737 MAX, mas alerta para atrasos persistentes no fornecimento de motores.