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Este caça F-15 Eagle completou 50 anos de um recorde em voo que ainda não foi quebrado

Foto: USAF

Sob temperaturas árticas que também proporcionavam condições atmosféricas ideais para voos, o Major Roger Smith conduziu um altamente modificado McDonnell Douglas F-15A “Streak Eagle”, com o registro 72-119, até a pista com um único objetivo em mente: quebrar recordes de tempo de subida vertical.

Era 16 de janeiro de 1975, em meio à Guerra Fria, quando a Força Aérea Americana (USAF) buscava demonstrar sua superioridade tecnológica e domínio aéreo ao mundo.

Desprovido de 22,7 kg da tinta que normalmente é usada no caça e foi retirada, o “Streak Eagle” era impulsionado por motores Pratt & Whitney F100-PW-100, que geravam mais empuxo do que o peso básico da aeronave.

Após remover todo o armamento, sistemas não essenciais e o gancho de cauda, as equipes do Projeto “Streak Eagle” revisaram o sistema de oxigênio, adicionaram equipamentos de e para o traje de pressão usado pelos pilotos e fabricaram um parafuso conectado a um cabo de aço.

Esse inovador sistema de retenção manteve a aeronave presa à pista da Base Aérea de Grand Forks até que o pós-combustor estivesse em potência máxima, liberando então o piloto Smith para atingir a velocidade de rotação em apenas três segundos.

Apesar de várias tentativas malsucedidas ao longo do processo, a persistência venceu. Durante a série de subidas realizada em duas semanas, foram quebrados oito recordes mundiais. Finalmente, em 1º de fevereiro de 1975, Smith alcançou uma altitude de 30.000 metros (mais de 18,6 milhas) em apenas três minutos e 45 segundos.

Ao atingir esses recordes sob a supervisão da Federação Aeronáutica Internacional, os Estados Unidos exibiram sua superioridade tecnológica em um palco mundial. O Projeto “Streak Eagle” não era apenas uma questão de orgulho e recrutamento, mas também uma ferramenta psicológica dentro de uma estratégia de dissuasão integrada.

Até hoje, estes oito recordes não foram quebrados e não existe um concorrente que aparentemente possa quebrá-lo num futuro próximo.

O nome “Streak Eagle” acabou servindo de inspiração para a primeira grande atualização da série Eagle, que é a F-15E Strike Eagle, já quando o caça era fabricado pela Boeing, que tinha comprado a McDonnell Douglas. Atualmente o caça ainda é produzido sob uma versão ainda mais avançada, a F-15EX Eagle II.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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