O orçamento da Força Aérea dos EUA foi divulgado com uma grande novidade: foco em ações para combater e diminuir as mudanças climáticas.

A plataforma ecológica do governo Biden não ficou apenas no discurso, e agora várias propostas milionárias foram inclusas no orçamento da USAF, a maior Força Aérea do mundo, e que deve ser seguido depois pela 2ª e 6ª maiores, respectivamente das “irmãs” Marinha (USN) e Fuzileiros Navais (USMC) dos EUA.
Isso porque muitas das medidas englobam ou podem englobar os jatos utilizados pelas três forças aéreas do país. Segundo o portal DefenseOne, o maior investimento será de $42,5 milhões de dólares para colocar dispositivos redutores de arrasto no C-130 Hércules, na família Boeing C-135 e no cargueiro C-17 Globemaster III.
Atualmente, a Marinha e os Fuzileiros operam com o C-130 Hércules, e a USN tem o P-8 Poseidon, baseado no Boeing 737NG, que pode também se beneficiar destas mudanças. Não está claro quais dispositivos seriam eles e onde seriam instalados nas aeronaves.
Outros $31,5 milhões serão para modificações nos motores do KC-135 Stratotanker (modelo CFM-56 também utilizado pelo P-8) e do C-17 para que eles reduzam o consumo, que, juntamente com as modificações no arrasto, irão reduzir as emissões de carbono e aliviar a cadeia logística em operações, reais ou simuladas, pela necessidade de menos combustível transportado.
Por fim, $55 milhões serão destinados para o desenvolvimento de um avião do tipo “asa voadora”, similar aos bombardeiros B-2 Spirit e ao futuro B-21 Raider, em que a fuselagem e a asa são “um corpo só”, e assim reduzem significativamente o arrasto aerodinâmico.
O orçamento ainda ará pelo crivo do Congresso Americano e da própria Casa Branca, para então ser aprovado e começar a valer no ano fiscal de 2023.