
Apesar de as portas para o E175-E2 ainda estarem fechadas nos EUA, a Embraer tem boas perspectivas no país para os modelos maiores da família E2.
Hoje, 27 de fevereiro, durante a divulgação dos resultados de 2024, período em que a Embraer teve lucro de quase R$ 2 bilhões, respondendo a uma pergunta do AEROIN, o CEO da fabricante brasileira, Francisco Gomes Neto, destacou que a empresa já está em contato com algumas companhias aéreas dos Estados Unidos para apresentar os benefícios de sua nova aeronave.
Segundo o executivo, a estratégia foca em demonstrar o valor de ter uma aeronave com as dimensões do E195, especialmente a versão E2, que visa preencher a lacuna entre os aviões regionais (como o próprio best-seller da Embraer, o E175) e os de maior porte – conhecidos internamente como narrow-bodies, como o Airbus A320neo e o Boeing 737.
Respondendo aos nossos questionamentos sobre o assunto, o CEO ressaltou o andamento das negociações e disse que “a gente já está trabalhando aí, mas não pode divulgar ainda, estamos trabalhando com algumas linhas aéreas americanas, mostrando para eles o benefício de ter um avião do tamanho do E195, principalmente o E2, para fechar o “gap” entre os aviões regionais e os narrow-bodies, e é um processo de convencimento que a gente está avançando. Então, esperamos que nos próximos dois anos tenhamos alguma notícia boa também da América do Norte em termos de E2.“

O E190-E1 inclusive já fez esta função na U.S. Airways, até a empresa ser incorporada pela American Airlines, que manteve o jato na sua operação orgânica por alguns anos (foto acima), até ele ser retirado de serviço em 2020.
Durante este período, que começou em 2006, o E190 foi operado por pilotos da própria companhia em rotas que demandavam uma aeronave maior que os jatos E170/E175 das subsidiárias (terceirizadas) regionais, mas que ainda eram muito pequenas para a operação de um Airbus A319 ou um Boeing 737-800.
Já a Breeze Airways e JetBlue, aéreas irmãs da Azul Linhas Aéreas e fundadas pelo brasileiro David Neeleman, também utilizam o modelo, mas não em completo a frota de menor e maior porte, mas para operações regionais mais localizadas. Porém, ambas as empresas estão no processo de substituição do modelo pelo Airbus A220.