
Um ex-oficial militar iraniano está sendo acusado de se infiltrar na istração Federal de Aviação (FAA) como contratado para roubar informações sensíveis de segurança nacional dos Estados Unidos, relacionadas à arquitetura de energia e elétrica do Sistema Nacional de Espaço Aéreo (NAS), segundo promotores federais.
Abouzar Rahmati, de 42 anos, foi indiciado por agir e conspirar para atuar como agente do governo iraniano nos Estados Unidos durante um período de quase sete anos, de dezembro de 2017 a junho de 2024, conforme documentos judiciais recentemente apresentados.
Naturalizado como cidadão americano, Rahmati serviu como Primeiro Tenente na Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) entre junho de 2009 e maio de 2010, antes de se mudar para os Estados Unidos, onde, alegadamente, decidiu trair o governo de seu novo país ao oferecer ajuda ao regime iraniano.
O início dessa traição remonta a dezembro de 2017, quando Rahmati viajou ao Irã para se encontrar com agentes de inteligência e oficiais do governo, discutindo informações sobre a indústria de energia solar dos EUA.
Após retornar aos EUA, os promotores afirmam que Rahmati começou a se candidatar a diversas vagas que lhe proporcionariam o a informações sensíveis de segurança nacional, que ele pretendia roubar e enviar de volta a Teerã. Rahmati conseguiu um emprego na FAA, onde obteve o a informações sobre o Serviço Nacional de Espaço Aéreo.
Em abril de 2022, ele supostamente baixou documentos sensíveis e não públicos relacionados à FAA, levando-os ao Irã, onde os entregou a oficiais do governo iraniano. Ao retornar aos Estados Unidos, segundo as autoridades, Rahmati recebeu instruções de agentes de inteligência para obter mais informações sensíveis sobre a FAA, aeroportos americanos e torres de controle de tráfego aéreo nos EUA.
“O réu está sendo acusado de se infiltrar em uma agência dos EUA com o objetivo de fornecer ao Irã informações sensíveis vitais para nossa segurança nacional”, comentou Matthew M. Graves, Procurador dos EUA pelo Distrito de Columbia, após a indiciamento de Rahmati. “Graças ao excelente trabalho do FBI e dos investigadores da FAA, este réu foi interrompido em sua ação e um plano de um adversário conhecido foi revelado.”
Rahmati havia criado uma narrativa de acadêmico em comunicação com colegas no Irã, mas foi eventualmente descoberto pelo Escritório de Contrainteligência e Operações Técnicas da FAA, que investigou o caso em colaboração com o FBI. Seu irmão também é mencionado como co-conspirador na trama, após supostamente concordar em transportar dados sensíveis sobre a FAA e os aeroportos dos EUA para o Irã em nome do irmão.
As acusações contra Rahmati levantam sérias preocupações sobre a segurança das informações sensíveis dentro das agências governamentais dos Estados Unidos e evidenciam a constante vigilância necessária para prevenir infiltrações de agentes estrangeiros em setores críticos.