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FAA e NTSB investigam incidentes de fumaça na cabine de aviões Boeing 737 MAX

Imagem: Divulgação Boeing

A istração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) está considerando a implementação de novas instruções temporárias para os pilotos do Boeing 737 MAX após dois graves incidentes em que a fumaça invadiu a cabine da aeronave.

Segundo informa o Aviacionline, as medidas podem incluir exigir que a desativação do sistema de purga de ar dos motores ocorra durante a decolagem, uma ação projetada para mitigar o risco de entrada de fumaça na cabine em caso de colisão com pássaros.

Os dois casos analisados ocorreram em 2023, ambos envolvendo aviões da Southwest Airlines que, ao decolar, colidiram com pássaros, resultando em vazamentos de óleo que incendiaram, gerando densas nuvens de fumaça no interior da aeronave.

Embora as tripulações tenham conseguido realizar pousos de emergência de forma segura, os eventos levantaram preocupações significativas entre autoridades e operadores do setor.

Além disso, o National Transportation Safety Board (NTSB) anunciou que abrirá uma investigação formal sobre um incidente que ocorreu em 20 de dezembro de 2023, próximo a Nova Orleans, onde um pássaro atingiu o motor esquerdo (motor 1) de um 737 MAX 8. Este o sinaliza uma análise regulatória mais rigorosa sobre o design e as operações dessas aeronaves.

Medidas Temporárias e Desafios Técnicos

A proposta da FAA pretende reduzir o risco de fumaça dentro da cabine, desligando o sistema de purga de ar durante a decolagem. Este sistema, normalmente utilizado para pressurizar e climatizar o ar na cabine, pode inadvertidamente transportar fumaça para o interior caso um motor sofra danos.

No entanto, desativar esse sistema gera desafios operacionais, pois afeta a pressurização da cabine e exige que os pilotos adotem procedimentos adicionais durante uma fase crítica do voo.

Um porta-voz da FAA informou que a agência “convocará um Conselho de Revisão de Ações Corretivas nas próximas semanas para avaliar os dados e desenvolver um plano” com o objetivo de mitigar esses riscos enquanto se busca uma solução definitiva. A Boeing e a CFM International, fabricante dos motores em questão, têm colaborado com os reguladores para solucionar o problema.

Dennis Tajer, porta-voz do sindicato dos pilotos da American Airlines, expressou ao The Seattle Times que os procedimentos atuais, embora criados para lidar com emergências de fumaça, podem não ser suficientes em situações em que a fumaça entra rapidamente e em alta densidade. Ele ressaltou que quaisquer alterações nos procedimentos devem ser cuidadosamente avaliadas para evitar a introdução de novos riscos.

A Southwest Airlines também afirmou estar em comunicação com a FAA, a Boeing e a CFM para garantir a segurança de suas operações. A companhia já emitiu boletins para seus pilotos, reforçando os procedimentos de gerenciamento de fumaça, com base em seu treinamento contínuo.

Os incidentes levantaram questionamentos sobre possíveis falhas de design dos motores, especialmente no que diz respeito à sua capacidade de ar colisões com pássaros. Tanto pilotos quanto reguladores exigem respostas claras sobre o cronograma para a implementação de soluções definitivas que assegurem a segurança dos voos.

Adicionalmente, o processo de investigação pode atrasar ainda mais a certificação dos modelos Boeing 737 MAX 7 e MAX 10, cuja data de entrada em serviço já foi suspensa. Enquanto isso, medidas temporárias, como novas instruções de decolagem, podem ser emitidas pela FAA através de uma diretiva de aeronavegabilidade para todos os operadores do 737 MAX.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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