
A Operação Ágata Amazônia 2025 segue em andamento na região da Amazônia Ocidental, com a Força Aérea Brasileira (FAB) desempenhando um papel fundamental nos resultados obtidos nas primeiras semanas da ação. Por meio da interoperabilidade entre as Forças Armadas e em parceria com órgãos de fiscalização e segurança, 16 dragas já foram neutralizadas durante o trabalho integrado.
Somente nesta segunda-feira (26/05), seis dragas foram inutilizadas por agentes fiscalizadores, com a atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Polícia Federal (PF).
Além das dragas, também foram destruídos dois rebocadores, duas balsas de combustível e um acampamento localizado em meio à mata, utilizado por garimpeiros. Durante a operação, foram apreendidos aproximadamente 2,3 kg de mercúrio e uma arma de fogo.
O trabalho conjunto dos órgãos envolvidos tem causado prejuízos incalculáveis aos garimpeiros responsáveis pela extração ilegal de minérios, especialmente ouro, na região amazônica. Além do dano ambiental, o uso do mercúrio, empregado na extração ilegal desse material, pode causar doenças em seres humanos e afetar espécies nativas da região.
A intensidade das buscas, o patrulhamento fluvial, as inspeções navais e o reconhecimento aéreo realizado por aeronaves que sobrevoam a região têm garantido o êxito das ações e o elemento surpresa contra os garimpeiros.
Segundo o Comandante da Força Aérea Componente (FAC) do Comando Conjunto APOENA – Ágata Amazônia 2025, Brigadeiro do Ar Leonardo Venancio Mangrich, o trabalho exercido pela FAB é essencial para o sucesso da operação.
“Através dos nossos meios aeroespaciais, conseguimos identificar com precisão os locais onde há dragas e outras estruturas, mesmo quando estão escondidas às margens dos rios ou na floresta. Utilizamos tecnologias capazes de operar em qualquer condição meteorológica. A FAB dispõe de satélites e sensores aeroembarcados para cumprir essa missão”, afirmou.
Paralelamente, a FAB também mantém medidas de policiamento e vigilância permanentes na Amazônia contra o tráfego transfronteiriço, garantindo a soberania do espaço aéreo brasileiro na região.
Sobre a Operação Ágata
Coordenada pelo Ministério da Defesa, a operação é conduzida pelo Comando Conjunto APOENA e tem como objetivo assegurar a soberania e intensificar a presença do Estado na Amazônia, atuando de forma subsidiária no combate a crimes transfronteiriços e ambientais. Além disso, presta assistência às populações tradicionais (indígenas e ribeirinhas) em regiões remotas.
Até o momento, a Ágata Amazônia já realizou mais de 45,9 mil atendimentos médicos e distribuiu cerca de 120 mil medicamentos a aproximadamente 67 comunidades.
Com uma área de atuação que ultraa 510 mil quilômetros quadrados, equivalente ao território da Espanha, a Operação Ágata Amazônia 2025 reafirma o compromisso do Estado brasileiro com a preservação da floresta, a proteção das populações tradicionais e o combate firme às atividades criminosas.
Informações da Força Aérea Brasileira
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