
Uma nova turma de pilotos formados na LATAM é novamente composta por um alto número de aviadores militares que pediram baixa. 5u60j
No final do ano ado, meia dúzia de pilotos de caça — que normalmente têm o custo de formação mais alto na Força — saíram da Força Aérea Brasileira após serem aprovados no processo seletivo para copilotos na LATAM Brasil.
Agora a cena se repete: oito aviadores militares pediram baixa e foram contratados nesta virada de mês, iniciando seu curso como copilotos de aeronaves Airbus A319/A320/A321. Desta vez, apenas um piloto é oriundo da aviação de caça, sendo o restante, em sua maioria, da aviação de transporte.
Pessoas próximas à companhia afirmaram que os motivos foram os mesmos daqueles que migraram no ano ado da vida militar para a civil: melhor qualidade de vida, menos mudanças, maior número de horas voadas e salários mais altos (praticamente o dobro).

Sem nenhuma mudança à vista, a única maneira de progressão — ainda se mantendo na posição de voo — seria ir para o Grupo de Transporte Especial (GTE), sediado em Brasília, responsável pelo transporte do Presidente e da alta cúpula do governo.
Porém, muitos não querem se mudar para a capital federal devido ao aumento do custo de vida (somado ao fato de ser mais uma das várias mudanças de CEP ao longo da carreira militar) e também pelo fato de o GTE ser menos operacional, com voos semelhantes aos feitos por uma companhia aérea como a própria LATAM.
A exigência de um contato mais direto e diário com a classe política também gera atritos, já que ser “taxista” de político não é algo muito bem-visto na sociedade brasileira. Isso leva muitos aviadores do GTE a evitarem comentar sua função exata na FAB até mesmo com pessoas próximas, com vergonha da atribuição, especialmente diante da crescente polarização política e da constante presença de figuras com vasto histórico criminal no meio político nacional.
Com esta nova turma, já são 14 aviadores a menos que a FAB perde em menos de seis meses — número suficiente para deixar um esquadrão inteiro parado, caso todos fossem de uma mesma unidade (o que não ocorreu). A título de comparação, na última turma da Academia da Força Aérea, formada em 2024, foram graduados 107 cadetes aviadores.
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