
No meio da campanha política, o atual prefeito e candidato à reeleição em Belo Horizonte, Fuad Noman, iniciou uma obra no Aeroporto Carlos Prates. Desativado de maneira arbitrária e gerando 500 demissões, o local está abandonado há mais de um ano e as promessas de reutilização da área têm sido vazias, ao menos até agora.
Nesta quinta-feira, dia 12 de setembro de 2024, foi iniciada a destruição da área operacional do Aeroporto Carlos Prates, com uma obra da prefeitura orçada em R$ 7 milhões para construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a segunda no bairro Padre Eustáquio.
Em uma publicação no Instagram num jornal local do bairro Padre Eustáquio, onde de fato fica o Aeroporto Carlos Prates, vários eleitores criticaram a atitude e alguns até acusaram de ilegalidade. Vale ressaltar que a presença de político em obras em andamento, mesmo que na véspera de eleição e para fins de propaganda, não é vedada, sendo proibida apenas a inauguração das obras em si, no período de 90 dias antes do pleito.
A principal reclamação gira em torno de que Fuad Noman esperou apenas o período eleitoral para as obras serem iniciadas, de maneira similar que acontece com outras intervenções de infraestrutura na Avenida Cristiano Machado (Linha Verde), que dá o da capital ao Aeroporto Internacional de Confins. Uma data para conclusão das obras não foi informada ainda pelo atual prefeito.
“Obra sem projeto e sem licitação. Pura demagogia política” comentou uma pessoa no Instagram. Já outro disse “época de eleição, né, tem que mostrar um pouco de serviço”, e outro cidadão belo-horizontino comentou que “começar é fácil, quero ver terminar, igual a tantas obras que tem por aí, não esquecendo que tem troca de prefeito”. Houve também quem apoiasse a obra. Enfim, o embate político segue vivo.