
O primeiro processo judicial envolvendo a colisão de um helicóptero Black Hawk com um Bombardier CRJ-700 foi iniciado e pede indenização de US$ 250 milhões. 454xv
A tragédia aérea de Washington ocorreu em 29 de janeiro, quando um helicóptero Sikorsky UH-60 Black Hawk do Exército Americano colidiu com um Bombardier CJR-700 da American Airlines que se aproximava para pouso no Aeroporto Ronald Reagan, na capital americana.
Todos os 67 ocupantes de ambas as aeronaves faleceram no acidente e seus corpos foram recuperados do Rio Potomac, junto com os destroços do CRJ e do UH-60. Dentre as vítimas estava Casey Crafton, um técnico de futebol que deixou uma esposa e três filhos.
A família Crafton contratou o famoso escritório de advocacia Clifford Law Offices, que é comandado pelo advogado Robert A. Clifford, eleito várias vezes como “melhor advogado do estado de Illinois”. Este escritório é conhecido por ganhar causas milionárias sobre reparações por ferimento grave e danos, desde acidentes trabalhistas até acidentes envolvendo veículos.
Na aviação o escritório Clifford já ganhou inúmeros processos representando família de vítimas de acidentes aéreos bastante conhecidos, como os voos AA-11 e UA-175 que foram derrubados em 11 de setembro de 2001, e também do voo Singapore 006, onde um 747 colidiu com veículos de construção enquanto decolava de Taiwan.
Outros casos conhecidos em que o escritório atua envolvem o Boeing 777 da Malaysia desaparecido no Oceano Índico e o 737 MAX da Ethiopian Airlines que caiu em 2019.
Em entrevista ao portal Military.com, Robert Clifford afirma que o processo está sendo movido contra a istração Federal de Aviação dos EUA (FAA), já que foi constatado que havia menos controladores que o ideal na Torre de Controle do Aeroporto Reagan na hora do acidente.
Apesar de não citar explicitamente, a acusação contra o Exército Americano deve girar em torno do fato dos pilotos do Black Hawk afirmarem ter visto a aeronave CRJ e que iriam desviar dela, mas não o fizeram, além de estarem numa altitude maior que o permitido, que acabou contribuindo para o acidente.
“Júris populares não são permitidos em casos de morte em ações contra o governo. Será um luto para eles durante o resto das suas vidas, que nunca serão as mesmas. O acidente envolve assuntos complexos, e a família merece respostas sobre o que aconteceu com seus parentes”, afirmou Clifford. O valor solicitado neste processo é de $ 250 milhões de dólares, que se traduzem em R$ 1 bilhão de reais na taxa de câmbio atual.