
Na terça-feira, 9 de abril, o Aeroporto de Mataveri, em Rapa Nui, foi ocupado pela família Roe, antigos proprietários dos terrenos onde o terminal de ageiros está localizado. A ação foi motivada por alegados incumprimentos e burocracias em relação à compensação devida pelo governo.
Como informa o Aviacionline, o governo do Chile elaborou um memorando de entendimento com a família, porém, ao tomar conhecimento da situação, o Delegado Presidencial para Rapa Nui, Sergio Tepano, enviou um grupo do corpo especial de operações policiais para desocupar o local, detendo uma mulher adulta que faz parte da família Roe e faz parte do grupo de negociação da família perante o governo.
As queixas surgem principalmente da não observância dos pontos 2 e 3 do acordo, que previam uma compensação de 100.000 dólares e da tentativa de “compra de suprimentos para uso pessoal” por meio da Corporação Nacional de Desenvolvimento Indígena (CONADI), que não teria cumprido com o acordo estabelecido previamente.
A dependência da CONADI implica num procedimento abarrotado de etapas e custos mais elevados que os praticados no mercado normal para a aquisição de materiais, que estão vinculados a uma parte do acordo monetário no valor aproximado de 4 milhões de dólares para mais de 50 anos de usufruto aeroportuário.
Por essa razão, é altamente provável que essa situação venha a se repetir, especialmente se o Delegado Presidencial não fizer concessões apesar do constante “diálogo” mantido com a família Roe. Em declarações à Aviacionline, um membro da família afirma que “o governo não parece ter vontade de cumprir o que foi acordado anteriormente”.