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Famílias de vítimas de acidentes com Boeing 737 MAX contestam acordo da fabricante com o DOJ

Em um desdobramento marcante no caso dos trágicos acidentes com o Boeing 737 MAX 8, as famílias das 346 vítimas pleitearam na sexta-feira, 23 de agosto, que um juiz de um tribunal federal rejeite um acordo proposto pelo Departamento de Justiça (DOJ) e pela própria Boeing. O juiz já havia determinado anteriormente que o crime cometido pela Boeing resultou diretamente nas mortes durante os dois acidentes fatais.

No documento apresentado, as famílias alegam que o acordo encobre inadequadamente as consequências letais das ações da Boeing. A resposta apresentada hoje argumenta que o DOJ não consultou razoavelmente as famílias sobre os termos específicos do acordo.

Ele solicita ao juiz Reed O’Connor, que supervisiona o caso criminal no tribunal federal de Fort Worth, que rejeite o acordo, pois isso impediria o juiz de elaborar sua própria sentença para a Boeing.

Paul Cassell, advogado das famílias e professor do S.J. Quinney College of Law da Universidade de Utah, comentou: “O proposto acordo não é apenas enganoso, mas moralmente reprovável, pois falha em responsabilizar a Boeing pela morte de 346 pessoas. Um juiz pode rejeitar um acordo que não está no interesse público, e este acordo enganoso e injusto está claramente contra o interesse público. As famílias pedem ao juiz O’Connor para usar sua autoridade reconhecida e rejeitar este acordo inadequado e a versão tratada dos fatos sobre o que ocorreu.”

Após um incidente em que um plugue de porta se desprendeu de um jato da Alaska Airlines em janeiro, o DOJ constatou em maio que a Boeing havia violado as obrigações sob um acordo anterior de Prosecution Deferred Agreement (DPA). Em julho, o DOJ anunciou um acordo proposto que recomenda ao juiz O’Connor impor uma multa de 243,6 milhões de dólares, sem incluir a acusação de executivos da Boeing.

As famílias argumentam que essa multa representa uma resposta inadequada ao que o juiz O’Connor previamente classificou como “o crime corporativo mais mortal da história dos EUA”. Além disso, elas afirmam que as medidas corretivas e de monitoramento propostas não são suficientes para proteger a segurança do público em voos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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