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Força Aérea de Israel volta a dispensar pilotos que criticam ações do governo em Gaza

Divulgação – IAF

As Forças de Defesa de Israel anunciaram nesta quinta-feira (10) a decisão de dispensar da Força Aérea (IAF) todos os pilotos reservistas que, em uma carta aberta, exigiram a libertação imediata dos reféns – mesmo que isso signifique o encerramento das operações militares em Gaza.

A medida vem após a divulgação de um documento assinado por aproximadamente mil pilotos de reserva e ex-aviadores, que criticou de forma contundente a política adotada pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Segundo o governo, declarações consideradas capazes de minar a eficácia das Forças de Defesa de Israel (IDF) e, consequentemente, fortalecer os adversários em tempo de conflito, não serão toleradas.

Netanyahu defendeu publicamente a expulsão de qualquer piloto, mesmo os em serviço, que tenha participado da iniciativa. “Declarações que enfraquecem as nossas Forças de Defesa e elevam o poder dos inimigos em tempos de guerra são imperdoáveis“, declarou o premiê, enfatizando a necessidade de manter uma postura firme frente à situação, como aponta a Folha de São Paulo

Para o chefe de governo, intensificar a pressão militar contra a Faixa de Gaza representa a única alternativa para compelir o Hamas a liberar os reféns capturados nos ataques de 7 de outubro de 2023, no sul de Israel – episódio que desencadeou o atual conflito. Em contraste, os signatários da carta defendem que a paz e a segurança dos reféns devem prevalecer, mesmo que isso signifique interromper o combate.

No documento divulgado por vários jornais israelenses, os pilotos ressaltaram:
Nós, aviadores na reserva e aposentados, exigimos o retorno imediato dos reféns, mesmo que isso acarrete a cessação imediata das hostilidades. A guerra muitas vezes serve a interesses políticos e pessoais, e não aos da segurança do povo. Apenas um acordo poderá assegurar o retorno dos reféns com todas as garantias, enquanto que a pressão militar pode resultar em mais vítimas entre os reféns e colocar em risco nossos soldados.

A história se repete

As críticas às ações de Israel contra seus vizinhos não são novidade entre os pilotos da IAF, que, inclusive, é conhecida por ser o braço militar mais “ponderado” dentro de Israel, com foco na redução de danos por ser a força de “ponta de lança” nas operações militares do país.

No livro Alto e Bom Som: Memórias de um Piloto Israelense, de 2009, é contada a história da carta dos pilotos de 2003, na qual aviadores militares exigiram mudanças na política de atuação da IAF, visando à redução de danos a civis. A carta foi assinada pelo então brigadeiro Iftach Spector, autor da obra, e foi recebida de forma negativa pelo governo local, que o afastou de suas funções, junto a outros 26 oficiais aviadores.

No entanto, a repercussão foi tão grande à época que Spector acabou sendo reincorporado ao serviço ativo, e a IAF atendeu a várias das exigências dos pilotos. No ano ado, um novo protesto foi realizado por aviadores militares: 37 pilotos de caça de um esquadrão entraram em greve e se recusaram a voar por alguns dias, alegando que as missões em Gaza causavam danos colaterais desnecessários.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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