Problemas de manutenção, de estrutura e trabalhistas marcam um dos principais aeroportos do interior paulista, o Professor Eribelto Manoel Reino, em São José do Rio Preto, apontam funcionários. Enquanto aguarda os resultados da concessão dos aeroportos do noroeste paulista, incluindo o de Rio Preto, muitas denúncias estão sendo somadas e compartilhadas com a mídia local.
Segundo relatos para o Diário da Região, um dos principais problemas atuais do terminal está sendo a limpeza, que é realizada por funcionários terceirizados, e estaria deixando a desejar. Uma funcionária do aeroporto apontou condições precárias e a falta de insumos: “aqui no aeroporto a gente não tem condições de trabalhar com limpeza de banheiro, tem que trabalhar sem luva, não tem sacos para catar lixo, a gente tem que ficar catando [o lixo] usando os sacos de lixo de outras lixeiras para reutilizar”.
Além da limpeza precária, a entrevistada chega até a mencionar “trabalho escravo”, o que presta para o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). A denúncia é grave, mas, pelo relato, tem mais relação com as más condições do local, do que o trabalho escravo propriamente dito.
“Eles têm a gente como trabalho escravo, não nos dão férias porque não contratam outros funcionários. Não temos lugar para almoçar, porque no refeitório, onde as faxineiras comem, o teto está caindo aos pedaços, até entra água quando chove. Somo muito humilhados, aguentamos porque a gente precisa muito trabalhar, mas é injusto. Somos pobres, mas não temos que ar por isso para ganhar o pão de cada dia”, reclama.
Em nota para o Diário da Região, o Daesp afirmou que, apesar de diversas denúncias a conservação da estrutura do terminal está funcionando normalmente.
O aeroporto recebe mais de 700 mil ageiros entre embarques e desembarques por ano, aponta o Wikipedia, e fica a 439 km da capital paulista.
