
A Gol Linhas Aéreas publicou ontem, 30 de junho, que na próxima terça fará um grande anúncio de contratações, mas há desafios internos. A companhia publicou a notícia no LinkedIn, direcionada aos interessados em fazer parte do seu quadro de funcionários, chamados internamente de “Time de Águias”.
A empresa chama a atenção dos proponentes da seguinte forma: “Para você que está sempre acompanhando nossas redes e os voos das nossas Águias, temos um recado muito importante: está chegando a oportunidade perfeita para você decolar com a gente”.
A data escolhida para a entrega de mais informações será na próxima terça, 5 de julho, e deverá ter um anúncio nas redes sociais da empresa, como o próprio LinkedIn, Twitter, Instagram e Facebook.
Adversidades
A companhia não detalhou quais cargos contratará e isso gerou um rumor de poderia também envolver o time de voo, e não apenas a equipes de solo e istrativas. Por conta disso, vários tripulantes entraram em contato com o AEROIN, compartilhando temas relacionados ao programa da empresa aérea.
A primeira questão levantada está relacionada à renovação do Programa de Licença Não Remunerada (PLNR), bastante utilizado mundo afora no ápice da pandemia, onde o funcionário se afastava da empresa e recebia apenas alguns valores, como aqueles referentes à alimentação, plano de saúde e outros benefícios, exceto o salário. Em alguns casos a licença não contava com nenhum benefício, mas apenas a virtual manutenção do emprego.
A Azul e a LATAM já terminaram esse plano e, hoje, todos os funcionários que estavam de licença ou voltaram ao trabalho ou saíram da empresa. Já a GOL reabriu as inscrições no início do ano para o PLNR e renovou semana ada por mais um ano, permitindo que tripulantes fiquem de licença até julho do ano que vem.
Já outras questões compartilhadas com o AEROIN dizem respeito à empresa não estar pagando o tempo de trabalho no simulador, nem dispensa médica ou tempo em solo. Reclamações também existem contra o plano de carreira, que estaria fazendo copilotos ficarem quase uma década esperando promoção para comandante.
Um copiloto da empresa, inclusive, mandou cópia do seu holerite ao AEROIN. Pelos valores apresentados, o valor estaria bem próximo do que o Primeiro-Oficial ganha na Azul, segundo consta no site GlassDoor, e bem abaixo do que o ganha na LATAM.
A Gol está ando, nesse momento, por uma transição, com a saída do CEO, Paulo Kakinoff, e a entrada do novo executivo, Celso Ferrer. Existe uma ansiedade de um grupo de tripulantes atuais para saber como as coisas se desenrolarão para eles no futuro próximo.