O governo da Argentina tem negociado a venda da companhia aérea nacional e estatal Aerolíneas com concorrentes privados. Em uma reunião entre a Secretária Geral da Presidência da Argentina, Karina Milei, o Chefe de Gabinete, Guillermo Francos, e o Ministro da Economia, Luis Caputo, foram analisadas as conversas que estão sendo realizadas com empresas aéreas latino-americanas para que assumam a operação da Aerolíneas, como informa o portal parceiro Aviacionline.
A decisão foi anunciada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, durante sua habitual coletiva de imprensa, argumentando que, diante das “greves persistentes convocadas pelo sindicato liderado por Pablo Biró (APLA), o Governo Nacional iniciou conversas com várias empresas privadas latino-americanas para que, finalmente, assumam a operação da Aerolíneas Argentinas, caso as extorsões continuem”.
O porta-voz presidencial também fez o anúncio em meio à greve promovida pelo pessoal da istração Nacional de Aviação Civil (ANAC), afiliado à ATE.
Acabar com a extorsão sindical
De acordo com Adorni, a decisão foi tomada em uma cúpula na Casa Rosada “para acabar com a extorsão permanente dos sindicatos da Aerolíneas Argentinas”. Participaram da reunião, além de Francos, Karina Milei e Caputo, o vice-chefe de Gabinete do Interior, Lisandro Catalán (no cujo gabinete ocorreu o encontro), o presidente da Aerolíneas Argentinas, Fabián Lombardo, o próprio porta-voz presidencial, e o assessor presidencial, Santiago Caputo.
O porta-voz presidencial afirmou que irão “enterrar os piquetes sindicais e os privilégios da casta aeronáutica” e criticou os benefícios dos pilotos, citando como exemplo que “eles e seus familiares podem viajar em classe executiva” e se deslocar de táxi executivo (remis) para seus locais de trabalho.
Adorni acrescentou que “dois sindicatos, que envolvem a Aerolíneas Argentinas e representam cerca de 30% de seu pessoal, efetivamente aceitaram a proposta salarial feita pela empresa”, enquanto destacou que, se ninguém aceitou o programa de demissões voluntárias, é porque “evidentemente, tão insatisfeitos com a situação trabalhista, com seus salários e com seus benefícios ou privilégios, eles não estão”.
A negociação com outras empresas da região já havia sido adiantada, e as brasileiras Azul e LATAM estariam no páreo, junto da colombiana Avianca:
