
O governo brasileiro deve iniciar, a partir do próximo mês, a cobrança de visto para estrangeiros da Austrália, do Canadá e dos Estados Unidos da América.
A medida chega após o fim da isenção de um ano, prorrogada por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de abril de 2024, que permitia a entrada sem visto por mais um ano, até a adequação do sistema consular brasileiro, que enfrentava dificuldades para emitir o documento.
A decisão, baseada no princípio da reciprocidade – uma vez que essas nações exigem visto para cidadãos brasileiros –, rompe com a política adotada pelo governo anterior de Jair Bolsonaro, que eliminou os requisitos para esses visitantes.
Embora a nova regra já estivesse prevista para ter início em 1º de outubro de 2023, diversos adiamentos ocorreram devido a pressões e problemas no atendimento a turistas.
Por outro lado, o México exige visto de brasileiros desde 2023, mas o Planalto não sinalizou nenhuma intenção de exigir o mesmo para a entrada de mexicanos no Brasil.
Representantes do setor de turismo criticam a reintrodução da obrigatoriedade, argumentando que a medida pode reduzir significativamente o fluxo de visitantes desses países. Em resposta, o Ministério do Turismo, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores, destacou que foi implementado um sistema ágil para emissão do visto, permitindo a obtenção em menos de 24 horas e minimizando os impactos sobre o setor.
A expectativa é que, com os ajustes e melhorias no processo, o país consiga manter seu atrativo turístico mesmo com as novas exigências.