
Em uma união de esforços, a Marinha do Brasil (MB) e a Marinha Americana (USN) realizaram, hoje (27), uma operação típica de guerra em apoio à população do Rio Grande do Sul (RS).
Coordenada pela MB, a ação envolveu a transferência de 15 toneladas de doações entre o Porta-Aviões Nuclear USS George Washington CVN-73 e o Porta-Helicópteros Atlântico A140, na costa do estado. A operação, cujo objetivo é imprimir agilidade na transferência de donativos para as vítimas das enchentes, também marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Em alto-mar, o Atlântico posicionado a cerca de 500 metros de distância do George Washington, recebeu as doações içadas por helicópteros brasileiros e americanos. Essa operação militar de transferência de carga externa entre navios, utilizando aeronaves, é denominada VERTREP (Vertical Replenishment).

Após receber toda a carga trazida pelos norte-americanos, o navio brasileiro atracará novamente em Rio Grande (RS) para desembarcar todo o material e encaminhar à Defesa Civil. As doações, que foram trazidas até o litoral Sul pelos americanos, foram arrecadadas e armazenadas pela MB e transportadas pelo Centro de Distribuição e Operações Aduaneiras da Marinha (CDAM), incluindo água mineral, alimentos não perecíveis, ração e material de higiene e limpeza.
Diante do cenário de calamidade pública que assola o Rio Grande do Sul, a Marinha dos EUA se ofereceu para somar esforços na onda solidária em apoio às famílias afetadas pelas chuvas, por meio do incremento de treinamento entre as Marinhas. Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite, esse tipo de operação feita com outra Força mostra a interoperabilidade necessária e desejável que temos que ter com as Marinhas amigas.
“Hoje, foi mostrada, mais uma vez, a importância de sempre aproveitarmos a oportunidade de operar com outras Marinhas, pois em uma situação real como essa, estamos prontos para atuar”. Além disso, essa ação demonstra que a presença do Atlântico no porto de Rio Grande não se resumiu a uma atividade de transporte ou de atendimentos à população da região. Podemos explorar a principal capacidade do navio, que é a sua mobilidade. Assim, podemos sair do porto, ir ao mar, encontrar com outro navio, fazer essa transferência de carga e retornar para fazer o desembarque”, explica.

Via Agência Marinha de Notícias