
Imagens divulgadas nesta terça-feira mostram detalhes da saída de pista ocorrida ontem no Aeroporto Internacional de São José dos Campos, envolvendo um avião-laboratório da Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave em questão é um Hawker 800XP, adaptado para atuar como laboratório em voo, utilizado na aferição de instrumentos em solo e na validação de procedimentos de aproximação, pouso e decolagem. As aeronaves que exercem esta função são conhecidas por fazerem várias agens baixas seguidas em aeroportos pelo mundo, muita das vezes chamando a atenção e até assustando as pessoas que não conhecem este importante trabalho.
Na FAB, esse modelo de avião recebe a designação IU-93A e é operado pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), sediado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ). A aeronave havia decolado de lá no fim da tarde de segunda-feira, 7 de abril, rumo ao Vale do Paraíba.
Durante uma missão de rotina, os pilotos realizaram duas aproximações com toques e arremetidas no Aeroporto de São José dos Campos. Segundo relatos de testemunhas, após a terceira aproximação, a aeronave teria perdido o controle no solo.
Apesar de sair pela lateral da pista e parar em terreno irregular a cerca de 50 metros do asfalto, nenhum dos ocupantes se feriu. As imagens revelam que a asa da aeronave tocou o solo e ficou parcialmente enterrada na terra. Ainda não se sabe se os danos são reparáveis ou se a aeronave será considerada como “perda total”.

Um aviso aos aeronavegantes (NOTAM) permanece ativo no aeroporto, conforme registrado no site da FAB no momento da publicação. Ele indica que a pista de São José dos Campos permanecerá fechada até às 20h30 desta terça-feira (8), podendo esse prazo ser antecipado ou prorrogado, dependendo do andamento da investigação e da remoção da aeronave.
O GEIV é subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e opera jatos executivos da Hawker e da Embraer, modificados com diversos sistemas e equipamentos especializados. Essas aeronaves são responsáveis por inspecionar e aferir os sistemas de auxílio à navegação aérea em todo o território nacional, assegurando a segurança das operações de voo, especialmente em condições meteorológicas adversas.