
Informações divulgadas por meios de comunicação israelenses indicam que Israel teria invadido a rede de comunicação da torre de controle do Aeroporto Internacional de Beirute-Rafic Hariri, advertindo um avião iraniano contra a aterrissagem. O incidente fez com que a aeronave, um cargueiro da “Qeshm Air”, voo número QFZ-9964, retornasse a Teerã, conforme relatado neste sábado.
Como informa o Jerusalem Post, de acordo com os relatos, Israel supostamente ou o sistema de comunicação da torre de controle em Beirute, alertando que não permitiria a aterrissagem da aeronave iraniana, que se aproximava do aeroporto.
O Ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamieh, afirmou ao jornal libanês “An-Nahar” que as Forças de Defesa de Israel (IDF) interceptaram a frequência de rádio da torre de controle do aeroporto e ameaçaram atacar o local se o avião civil iraniano pousasse. Hamieh acrescentou que rapidamente interveio para proibir a aterrissagem da aeronave, evitando assim um possível confronto.
Dados da plataforma Flightradar24 mostram o desvio do Boeing 747, retornando a Teerã quando já se aproximava do território libanês.

Esse acontecimento ocorre em um momento de elevada tensão, especialmente após o anúncio oficial do porta-voz das IDF sobre a eliminação do cofundador e líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, juntamente com o comandante da Frente Sul do Hezbollah, Ali Karaki, e outros líderes do grupo.
O nome da operação foi revelado como “Nova Ordem”, onde o Chefe do Estado-Maior das IDF afirmou: “Este não é o fim do nosso arsenal. A mensagem é simples: para quem ameaçar os cidadãos do Estado de Israel – saberemos como chegar até você.”
As IDF também informaram que caças da Força Aérea de Israel (IAF), guiados por inteligência precisa do Departamento de Inteligência e do sistema de segurança, atacaram a sede central do Hezbollah, que fica subterrânea, sob um edifício residencial na área de Dahieh, em Beirute. O ataque ocorreu enquanto a liderança sênior do Hezbollah se encontrava no local, coordenando atividades terroristas contra cidadãos israelenses.
Este incidente sublinha a delicada situação de segurança na região, com grandes implicações para a aviação civil e militar. O fato de Israel ser capaz de supostamente invadir a torre de controle de um aeroporto e interferir em voos internacionais destaca as crescente tensões geopolíticas e o papel da tecnologia na moderna guerra de informações e na segurança aérea.
Com a ameaça de hostilidades contínuas, o envolvimento das Forças de Defesa de Israel em operações preventivas para intervir em voos considerados suspeitos pode afetar a dinâmica da aviação na região, criando incertezas para viajantes e operadores aéreos.