
Com planos ambiciosos, e mesmo em meio a uma queima acelerada de caixa, a italiana ITA Airways está se preparando para a maior expansão desde que substituiu a extinta Alitalia em 2021, que inclui a adição de 30 aeronaves de fuselagem estreita e 9 de fuselagem larga, além de novas rotas para o Oriente Médio, Estados Unidos e América do Sul.
A empresa italiana incorporará seu primeiro Airbus A330-900, que lhe permitirá desembarcar em Washington e São Francisco no próximo verão. Este último destino não é operado por nenhuma empresa saindo de Roma. Washington, por sua vez, é um antigo destino da Alitalia, onde, segundo dados obtidos pela Aviacionline, através da Entidade Nacional de Aviação Civil da Itália (ENAC), em 2019 foram mobilizados 166.179 ageiros com a United e Alitalia.
Além disso, com o A330neo, voará para o Rio de Janeiro a partir de novembro, terceiro destino na América do Sul e segundo no Brasil. Em 2019, foram mobilizados 168.298 ageiros entre Roma e Rio de Janeiro, sendo a Alitalia a única operadora na rota. Atualmente, a ITA opera na região para Buenos Aires, na Argentina, com voo diário em aeronaves Airbus A350-900, e São Paulo/Guarulhos, com voo diário em aeronaves A350-900 e A330-200.
Concluída a entrada das novas aeronaves, a empresa terá uma frota de 96 aeronaves no final do próximo ano. De acordo com a Ch-Aviation, a ITA opera atualmente 4 Airbus A220-300, 18 Airbus A319, 32 Airbus A320ceo, 8 Airbus A330-200 e 6 Airbus A350-900.
A ITA declarou, por meio de comunicado, que 50% de suas aeronaves serão da nova geração e que várias delas servirão para substituir as de gerações anteriores. Além disso, a companhia aérea acrescentou que a atualização de sua frota ajudará a aumentar os ASKs (assentos-quilômetros disponíveis) em 73% em relação a 2022, enquanto sua capacidade em rotas de longo curso crescerá 107%.
Encomendas da ITA Airways
A empresa havia encomendado 78 aeronaves para serem recebidas entre 2022 e 2025, das quais quatro Airbus A220-300 foram os primeiros a chegar, sob acordo com o arrendador Air Lease Corporation, e seis Airbus A350-900, via ALAFCO e AFS. As restantes encomendas são compostas por:
– Acordo com a Airbus para sete A220-100/300, onze Airbus A320neo e dez A330-900.
– Air Lease Corporation (ALC): onze Airbus A220-300s, dois A320neos, dez A321neos (LR) e cinco A330neo.
– AerCap: dez Airbus A320neo e dois A330-900.
– Avolon: quatro Airbus A350-900.
Nova injeção de dinheiro
Até o final do mês, a transportadora italiana receberá mais € 400 milhões em ajuda estatal, como parte do acordo original de € 1,35 bilhão, dos quais € 700 milhões foram parte da criação da ITA Airways. Após o desaparecimento da Alitalia, a União Europeia autorizou Roma a criar uma nova empresa apoiada pelo Estado, embora em menor escala e com financiamento público limitado.
Desde então, a nova empresa, juntamente com o governo italiano, manteve negociações de privatização total ou parcial com várias partes interessadas, incluindo o Grupo Lufthansa, o investidor Certares (Delta Air Lines e Air /KLM) e o Grupo MSC.
Desde a entrada do novo governo Meloni, as negociações pararam, principalmente quando o atual governo encerrou a exclusividade do investidor Certares, reabrindo as negociações com Lufthansa e MSC.
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