
Anunciada durante a pandemia, a compra do controle da Asiana Airlines pela sua concorrente Korean Air está ando por turbulências na obtenção da aprovação das autoridades de concorrência nos Estados Unidos, Europa e China. O negócio está estimado em cerca de US$ 1,5 bilhão. A Korean deteria 63% das ações da Asiana.
Um funcionário do governo sul-coreano disse ao jornal JoongAng Daily que “o Departamento de Justiça dos EUA acredita fortemente que um casamento entre a Korean Air e a Asiana Airlines imporá restrições à concorrência, então a fusão enfrentará dificuldades para obter aprovação”.
A questão foi discutida durante uma viagem aos Estados Unidos por Cho Sung-wook, presidente da agência antitruste da Coreia do Sul, no início de abril. O Departamento de Justiça teria dito à transportadora de bandeira coreana para apresentar medidas detalhadas abordando certas questões de concorrência. Por sua vez, um porta-voz da Korean Air Lines disse que tal processo é normal e que não significa que a fusão possa ser cancelada.
O órgão antitruste da Coreia aprovou a fusão em fevereiro com algumas condições. No entanto, isso não é suficiente. Além dos EUA, autoridades da União Europeia e da China também precisam aprovar, mas mostraram relutância.
A Europa teria dito que concederia a aprovação somente depois de distribuir direitos de tráfego e slots de aeroportos como forma de eliminar a possibilidade de um oligopólio. A China, por sua vez, acredita que a fusão provavelmente prejudicará a lucratividade das operadoras chinesas nas rotas que ligam a China e a Coreia do Sul.
Ainda há uma estrada para ser percorrida pelas coreanas.