
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá desde 2015, anunciou sua demissão da liderança do Partido Liberal e renúncia do cargo de primeiro-ministro do país. Durante sua istração, o país tomou decisões importantes que moldaram a indústria aeroespacial do país, mas também enfrentou críticas pelos resultados de algumas dessas medidas.
Trudeau concedeu empréstimos sem juros de 372,5 milhões de dólares à Bombardier em 2017 para apoiar programas como o CSeries, um projeto ambicioso que buscava competir no mercado global. No entanto, dificuldades financeiras levaram a empresa a vender o programa à Airbus em 2018, informa o Aviacionline.
O CSeries tornou-se o Airbus A220, que hoje opera com sucesso em todo o mundo, mas o controle estratégico deste importante projeto saiu das mãos canadenses, gerando críticas sobre o uso de recursos públicos para um benefício que acabou nas mãos de uma empresa estrangeira.
No campo da aviação militar, Trudeau enfrentou um processo complicado para substituir os antigos CF-18. Após anos de atrasos e avaliações, em 2022 seu governo aprovou a compra de 88 caças F-35A da Lockheed Martin.
Embora esta decisão modernize a capacidade aérea do Canadá, foi alvo de controvérsia devido ao seu elevado custo — estimado em 19 bilhões de dólares — e por inverter uma posição inicial do Partido Liberal, que havia criticado a aquisição do F-35 durante campanhas eleitorais.
Globalmente, Trudeau reforçou a posição do Canadá na aviação civil, mantendo seu compromisso com a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), cuja sede está em Montreal. Participou de iniciativas internacionais para melhorar a sustentabilidade e a segurança do setor, consolidando a influência canadense nessas questões.
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