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LAM de Moçambique busca renascimento sob a batuta de novos líderes

A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique está ando por uma reestruturação significativa, com a nomeação de Dane Kondić, ex-CEO da euroAtlantic Airways e da Air Serbia, para liderar os esforços de recuperação da companhia.

Essa mudança representa a terceira troca de gestão em apenas dez meses para a estatal, que enfrenta sérios desafios financeiros e operacionais.

A nomeação de Kondić vem na esteira da contratação da consultoria internacional Knighthood Global, liderada por James Hogan, ex-CEO da Etihad Airways. A parceria entre Kondić e Hogan não é nova; ambos colaboraram anteriormente durante o investimento estratégico da Etihad na Air Serbia em 2013, onde Hogan também atuou como vice-presidente.

A mudança na gestão da LAM ocorre junto à destituição imediata do presidente Marcelino Gildo Alberto e dos diretores Altino Xavier Mavile e Bruno Miranda, uma decisão tomada em uma assembleia geral extraordinária.

O novo conselho não-executivo foi formado por representantes dos novos acionistas da companhia, incluindo a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, a Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique e a Empresa Moçambicana de Seguros.

Kondić assumirá a presidência do novo comitê de gestão, com Lucas Antonio Francisco encarregado da istração e finanças, enquanto Hilário Devis Tembe cuidará das questões técnicas e operacionais. Essa reestruturação é uma resposta a anos de perdas financeiras que deixaram a empresa com uma dívida estimada em cerca de US$ 300 milhões.

A LAM tem enfrentado uma série de problemas operacionais, incluindo uma frota reduzida e frequentes cancelamentos de voos, exacerbados por um alto índice de rotatividade na alta istração.

Em 2023, a antiga gestão contratou a FMA para ajudar na reestruturação, resultando em mudanças istrativas e denúncias de fraudes, mas sem reverter completamente os problemas que afligem a companhia.

Agora, a nova gestão da LAM, sob a orientação da Knighthood Global, tem como prioridade estabilizar e reposicionar a companhia, além de reestabelecer sua frota. A consultoria enfatiza que o envolvimento dos stakeholders será crucial para restaurar a confiança e alinhar todos os envolvidos em uma única estratégia, além de abordar as questões do ado.

Além da recuperação financeira, a nova istração se compromete a promover a sustentabilidade, utilizando práticas que possam beneficiar o turismo e o desenvolvimento de setores-chave como mineração, petróleo e agricultura em Moçambique. Entretanto, a companhia já suspendeu rotas internacionais e regionais importantes, incluindo conexões entre Maputo e Lisboa, devido a pressões financeiras e dificuldades operacionais.

O novo governo, eleito em outubro de 2024, está buscando um plano de reestruturação e recapitalização liderado pelo setor público, com o objetivo de restaurar a viabilidade da LAM.

Com a transferência de 91% das ações da companhia para empresas estatais, as autoridades têm como meta limpar a corrupção e irregularidades financeiras, além de resolver conflitos de interesse relacionados ao plano de renovação da frota.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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