
A Lockheed Martin Aeronautics garantiu um contrato de US$ 21,95 milhões com o Departamento de Defesa dos EUA (DoD) para modernizar aeronaves F-16C/D, com foco no Sistema Automático de Prevenção de Colisões no Solo (AGCAS).
Embora o anúncio do DoD não tenha especificado o destinatário, os relatórios da indústria e contratos anteriores sugerem fortemente que a Força Aérea Chilena (FACh) será um dos principais beneficiários deste contrato, como parte de uma modernização contínua de sua frota de F-16.
O contrato foi concedido por meio do programa Foreign Military Sales (FMS), que fornece atualizações ao sistema AGCAS, melhorando a segurança das aeronaves ao prevenir incidentes de Voo Controlado no Terreno (CFIT), informou o Aviacionline.
O trabalho será realizado nas instalações da Lockheed Martin em Fort Worth, Texas, e em locais associados, devendo ser concluído até 31 de dezembro de 2028. Inicialmente, foram comprometidos US$ 3,6 milhões para financiar o projeto imediatamente.
Programa de Voo Operacional M6.6: A atualização técnica
O contexto mais amplo deste contrato está alinhado com os esforços contínuos da Lockheed Martin para modernizar a frota de F-16 do Chile por meio do Programa de Voo Operacional M6.6 e da Atualização de Sistemas. Esta iniciativa inclui a integração de transponders de Identificação Amigo ou Inimigo (IFF) e links de dados táticos Link 16, essenciais para manter a consciência situacional em tempo real e a comunicação segura nas operações da coalizão.
Embora o DoD não tenha confirmado o utilizador final, há evidências substanciais que apontam para o Chile. A Força Aérea Chilena vem realizando uma modernização abrangente de seus 46 F-16, composta por 36 F-16 usados adquiridos da Holanda e 10 novos F-16C/D Bloco 50 entregues no início da década de 2000.
Em novembro de 2023, a Lockheed Martin recebeu um contrato separado de US$ 177 milhões para uma atualização semelhante dos sistemas M6.6 para os F-16 do Chile, apoiando ainda mais a especulação de que o Chile é o principal destinatário deste contrato.
No entanto, é importante notar que apenas as 10 aeronaves F-16C/D Bloco 50 da frota chilena poderiam receber essas atualizações, já que as 36 aeronaves restantes são modelos AM/BM mais antigos. Estes foram adquiridos em segunda mão na Holanda e anteriormente atualizados para o padrão M4, limitando sua compatibilidade com o sistema AGCAS e outros recursos avançados.
O AGCAS desempenhará um papel fundamental na melhoria da segurança de voo, especialmente considerando as condições geográficas desafiadoras do Chile, com terreno montanhoso que representa um alto risco para os pilotos. A integração do AGCAS e outras melhorias garantem que a frota de F-16 do Chile permaneça capaz tanto em missões de combate quanto humanitárias.
Embora o Departamento de Defesa dos EUA não tenha declarado explicitamente que o contrato é para o Chile, vários relatórios e contratos anteriores apontam a Força Aérea Chilena como o beneficiário mais provável. Este contrato faz parte de uma tendência mais ampla de modernização da força aérea na América Latina, com os F-16 do Chile previstos para continuar sendo um componente crucial da estratégia de defesa aérea do país no futuro próximo.
Os esforços de modernização em curso sublinham a importância de manter a interoperabilidade com os aliados da OTAN e garantir a segurança dos pilotos por meio de sistemas avançados como o AGCAS. À medida que os desafios de defesa regional evoluem, essas atualizações proporcionam vantagens estratégicas e operacionais essenciais para manter a superioridade aérea na América do Sul.
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