
Até agosto deste ano, já tínhamos visto que o valor das multas aplicadas a ageiros que causaram confusões durante voos havia ado de 5 milhões de reais (mais de 1 milhão de dólares) nos Estados Unidos.
Na sequência, em setembro, também acompanhamos o anúncio de que medidas de tolerância zero adotadas naquele país levaram a uma redução das referidas ocorrências, porém, os números ainda seguiam mais altos do que se desejaria.
Agora, a istração Federal de Aviação (FAA) do Departamento de Transporte dos EUA mostra que estes números ainda altos continuam resultando em montantes impressionantes de multas. A FAA propôs mais US$ 225.287 (cerca de R$ 1,2 milhão) em penalidades civis contra 10 ageiros de companhias aéreas por comportamento indisciplinado, envolvendo até agressão física, conforme você acompanhará na listagem abaixo.
Juntando-se estes casos mais recentes com os demais registrados desde 1º de janeiro de 2021, a FAA recebeu mais de 100 relatos de distúrbios de ageiros envolvendo agressão física. A lei federal proíbe os ageiros de agredir outros viajantes ou tripulantes a bordo de um voo.
As multas fazem parte da campanha Tolerância Zero da agência contra o comportamento indisciplinado dos ageiros. Além da penalidade financeira, como a FAA não tem autoridade de processo criminal, anunciou recentemente que ou a encaminhar casos mais graves para o FBI.
Os novos casos anunciados nesta semana são:
– US$ 32.000 contra um ageiro no dia 18 de maio de 2021, no voo da Horizon Air de Austin para San Francisco. A FAA alega que a ageira não seguiu as instruções da tripulação para apertar o cinto de segurança. Ela gritou com seu marido e filho, repetidamente, desviando os comissários de bordo de suas funções. Ela jogou lixo em um comissário de bordo e jogou biscoitos em um ageiro próximo.
– US$ 20.000 contra um ageiro no dia 4 de janeiro de 2021, num voo da Delta Air Lines de Nova Iorque para Los Angeles. A FAA alega que o ageiro gritou ordens para vários comissários de bordo enquanto o avião taxiava para a decolagem. Ele removeu o cinto de segurança, deixou seu assento enquanto o sinal de cinto de segurança estava aceso e se recusou a retornar ao seu assento depois que um comissário o instruiu. Ele ameaçou um comissário de bordo enquanto andava pelo corredor durante o taxiamento e fez contato físico com uma comissária de bordo, além de ter continuado a gritar palavrões. O voo voltou ao portão e os policiais foram forçados a embarcar na aeronave para remover o homem.
– US$ 26.787 contra um ageiro no dia 5 de maio de 2021, no voo da Southwest Airlines de Nova York para Chicago. A FAA alega que durante a descida final e apesar das instruções da tripulação para permanecer sentado, ele deixou seu assento e tentou entrar na cabine dos pilotos. Os comissários de bordo não consideraram suas ações agressivas, mas determinaram que ele precisava de observação adicional. Depois de retornar ao seu assento, ele erroneamente pensou que a aeronave já estava no portão e tentou retirar sua bagagem do compartimento superior. Os comissários de bordo o instruíram a sentar-se no chão na parte de trás da aeronave para garantir que ele permanecesse sentado durante o pouso. Enquanto a aeronave freava durante o pouso, os comissários de bordo tentaram segurá-lo para evitar que se ferisse. Ele começou a socar um dos comissários de bordo. A comissária de bordo precisou de cuidados médicos. A polícia foi ao encontro do ageiro no portão de desembarque.
– US$ 25.000 contra uma ageira no dia 3 de fevereiro de 2021, no voo da Southwest Airlines de Boston para Chicago. A FAA alega que a ageira recusou instruções da tripulação para guardar sua bagagem de mão no compartimento superior. A tripulação instruiu-a a sair da aeronave e falar com o pessoal de embarque. O pessoal de solo informou que ela não poderia continuar com o voo. Ela voltou a embarcar no avião para pegar sua bagagem de mão. Em vez disso, ela se sentou em uma poltrona, segurou-se no apoio de braço, gritou alto e agressivamente e usou linguagem depreciativa e gestos obscenos para o tripulante. Ao desembarcar, ela cuspiu em um tripulante. A polícia a recebeu no portão de embarque.
– US$ 24.000 contra uma ageira no dia 21 de janeiro de 2021, no voo da American Airlines de Tampa para Miami. A FAA alega que a ageira deixou de seguir as instruções da tripulação para usar sua máscara durante o embarque. A ageira e seus companheiros de viagem atrapalharam enquanto a aeronave permaneceu no portão devido a um pequeno problema mecânico. Vários ageiros solicitaram uma reatribuição de assento para evitar o grupo. Uma comissária de bordo pediu que ela usasse a máscara, mas ela a removeu enquanto a comissária se afastava. O comandante pediu para retirá-la da aeronave. Ao sair do avião, ela agrediu fisicamente a comissária de bordo, empurrando-a no peito.
– US$ 24.000 contra um ageiro no dia 28 de março de 2021, no voo da Southwest Airlines de New Orleans para Baltimore. A FAA alega que um comissário de bordo a instruiu a cumprir a política de máscara, porém, enquanto a aeromoça recolhia o lixo, ela intencionalmente lhe deu uma cotovelada na lateral do corpo e o chutou. Esse comportamento foi relatado ao comandante, que solicitou que a polícia encontrasse a mulher no portão.
– US$ 24.000 contra um ageiro no dia 27 de dezembro de 2020, no voo da Delta Air Lines de Detroit para Salt Lake City. A FAA alega que ela se recusou a seguir as instruções da tripulação para usar sua máscara, ameaçou tripulantes, xingou tripulantes e empurrou um tripulante.
– US$ 23.000 contra uma ageira no dia 11 de março de 2021, no voo da American Airlines de Dallas-Fort Worth para Aspen. A FAA alega que a ageira abusou verbalmente de comissários de bordo depois que ela percebeu que seu assento designado não reclinava. Vários ageiros se ofereceram para trocar de lugar com ela, mas ela recusou várias vezes e continuou gritando com os comissários de bordo. Ela concordou em trocar de lugar com outro ageiro, mas continuou a agredir verbalmente os comissários de bordo. Ela então atingiu um tripulante no antebraço direito e tentou fazê-lo novamente. Além disso, ela repetidamente se recusou a cumprir a política de máscara facial. A polícia a encontrou no portão de desembarque.
– US$ 17.500 contra um ageiro no dia 7 de novembro de 2020, no voo da JetBlue Airlines de Newark para Fort Lauderdale. A FAA alega que o ageiro usou linguagem profana e agrediu fisicamente um membro da tripulação de voo. O homem gritou com o tripulante para “tirar a gordura da minha cara” e o empurrou. O comandante desviou o voo para Richmond, Virgínia. A polícia recebeu o ageiro no portão.
– US$ 9.000 contra um ageiro no dia 20 de março de 2021, voo da American Airlines de Cancún para Indianápolis. Enquanto o voo descia, ele pisou e/ou chutou os pés do ageiro sentado atrás dele. O comandante pediu à polícia que recebesse o voo no portão de desembarque.
Os ageiros têm 30 dias após o recebimento da carta de execução da FAA para responder à agência.
Informações da FAA
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