
O desempenho e a operação da aeronave regional Superjet 100 foram analisados na última sexta-feira em uma reunião convocada pela Rosaviatsia, a agência federal russa de transporte aéreo.
O encontro, liderado pelo diretor Dmitri Yadrov, contou também com a participação de Vadim Badeja, novo diretor-geral da United Aircraft Corporation (UAC), que assumiu o cargo em novembro.
De acordo com a Rosaviatsia, atualmente, 154 aeronaves Superjet 100 estão registradas em certificados de operação para voos comerciais, com manutenção realizada por 29 organizações especializadas.
Desde sua introdução no mercado, há 13 anos, o Superjet 100 representa cerca de 9% do tráfego aéreo russo, com 9,4 milhões de ageiros transportados somente no último ano.
Ainda segundo a agência, entre janeiro e novembro deste ano, os incidentes relacionados a falhas técnicas no modelo diminuíram 2,5% em relação ao mesmo período de 2023. Durante o mesmo intervalo, o número de voos realizados por aeronaves Superjet cresceu 19,5%, atingindo um total de 134.400 operações.
“Não importa o que digam, o Superjet é uma aeronave muito boa. A intensidade da sua operação é comparável à dos seus homólogos ocidentais. As aeronaves Superjet continuarão a operar e a transportar nossos cidadãos por muitos anos”, afirmou Yadrov durante a reunião.
Ele também destacou: “A indústria e as operadoras devem pensar em um e eficiente para a operação do Superjet no longo prazo. Essa e muitas outras tarefas em benefício dos russos só serão resolvidas com esforços conjuntos.”
Por sua vez, Vadim Badeja destacou que a UAC pretende reforçar a colaboração com as companhias aéreas para garantir a disponibilidade de componentes necessários, especialmente aqueles ligados à substituição de importações.
Segundo Badeja, está previsto um aumento na frequência de conferências com operadores e organizações especializadas em manutenção e reparação de aeronaves. “Essas reuniões são extremamente úteis para o futuro da aeronave”, afirmou.
O Superjet 100, que entrou em operação comercial em 2011, é o primeiro avião de ageiros projetado do zero na Rússia após a dissolução da União Soviética.
Embora o modelo enfrente desafios relacionados à sua cadeia de abastecimento e manutenção – dificuldades que já existiam antes das sanções e se intensificaram posteriormente –, a Rosaviatsia enfatiza que a sua operação continua sendo uma prioridade para a indústria aérea do país.
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