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Novas imagens mostram brasileiros deportados dos EUA em cima da asa de avião em Manaus 1m6wg

Boeing 737 antes de um voo de deportação – Imagem apenas ilustrativa | Fonte: Divulgação – ICE

A confusão a bordo de um Airbus A320 com deportados na sexta-feira (24) no Aeroporto de Manaus tem novas imagens, que mostram os brasileiros em cima da asa da aeronave. 6b55d

O voo da GlobalX, fretado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA, já estava previsto antes da posse de Donald Trump, como o AEROIN relatou aqui em primeira mão, porém, durante a escala para reabastecimento no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, onde nunca ocorreu desembarque de ageiros nos voos de deportados feitos nos últimos anos na mesma rota, os ageiros começaram a reclamar do calor excessivo a bordo da aeronave.

Revoltados pela situação, os deportados, mesmo algemados, conseguiram abrir as saídas de emergência sobre as asas, acionando a escorregadeira inflável que serve para a evacuação da aeronave.

Imagens mostram que eles saíram do A320 sobre a asa ainda algemados e pediram para que funcionários de solo parassem de gravar e chamassem a Polícia Federal.

Outros deportados relataram que foram agredidos quando tentaram se movimentar na aeronave, e que os agentes do DHS não se importavam muito se eles iriam se machucar e qual o seu estado de saúde.

A situação de acionamento das escorregadeiras já havia sido relatada pelo o AEROIN e vai na contramão da afirmação do Governo Federal de que o voo não prosseguiu para Minas Gerais por uma simples pane técnica. Na realidade, a aeronave ficou impossibilitada de voar pelo uso das saídas de emergência e subsequente acionamento das escorregadeiras, que precisaram ser substituídas, seguindo a lista de equipamentos mínimos para voo da própria Airbus, que determina uma quantidade mínima de saídas de emergência funcionando e com as escorregadeiras prontas para uso antes do voo.

Sem os deportados a bordo, o avião da GlobalX pôde retornar ontem para Miami, onde as escorregadeiras serão reinstaladas. Por ser um voo com poucos ocupantes (apenas a tripulação e agentes do DHS), foi possível seguir com um número reduzido de saídas de emergência operacionais, ainda seguindo o manual da aeronave emitido pela fabricante, que permite a operação desta maneira desde que com menos ageiros.