
A sombra de um político sul-coreano assombra uma empresa aérea de baixo custo local. Envolvido em vários escândalos, incluindo contratação ilegal de funcionários e corrupção, Lee Sang-jik, ex-membro da Assembleia Nacional da Coreia do Sul e fundador da empresa Eastar Jet, ainda atrapalha as operações da companhia, mesmo ela estando sob nova direção.
Adquirida no final de 2021 pela empresa do ramo imobiliário, Sung Jung, a Eastar Jet ainda parece tropeçar este ano. Recentemente, a empresa foi acusada de fornecer informações financeiras incorretas ao solicitar a renovação de sua outorga de operador aéreo. Ela já foi inocentado da acusação, mas o dano à imagem ficou.
Não bastasse isso, seu fundador, que hoje não participa mais da companhia, segue nas manchetes, envolvido em casos de corrupção e, por isso, o nome da empresa acaba sendo sempre mencionado.
Para tentar driblar esse problema recorrente, a nova direção agora quer começar do zero. Conforme informações da mídia coreana, as próximas medidas incluem ajustar a gestão, aportar mais dinheiro, mudar sua sede e, por fim, trocar o nome da empresa. O objetivo é estar totalmente livre de Lee.
Acusações sobre Lee
Lee Sang-jik, o fundador da Eastar Jet e ex-legislador está sendo investigados pela promotoria sob a acusação de recomendar certos candidatos à equipe de RH durante o processo de recrutamento de tripulação de 2014-2015 e permitir que pessoas sem as qualificações regulatórias mínimas assumissem cargos de responsabilidade na operação da empresa aérea.
Ele também é investigado por peculato e fraude fiscal, por declarar dados incorretos e sonegar imposto de renda. Além disso, ele também teria feito a empresa perder cerca de 32 milhões de euros mediante uma transação envolvendo ações da empresa, negociadas com a empresa de um filho, crime pelo qual foi condenado a seis anos de prisão.