
A empresa de táxi aéreo Volocopter GmbH, com sede em Bruchsal, na Alemanha, declarou insolvência em 26 de dezembro, em mais um sinal de turbulência no emergente setor de mobilidade aérea urbana.
De acordo com a mídia alemã, com essa decisão, a Volocopter se torna a segunda empresa do segmento a enfrentar dificuldades financeiras, seguindo os os da concorrente Lilium, que também recentemente anunciou sua própria crise.
A Volocopter, que emprega mais de 500 pessoas, está agora em busca de um novo investidor e divulgou que tem até fevereiro para encontrar uma solução viável. Até lá, a intenção é que as operações da empresa continuem.
Contudo, a Volocopter ainda não possui um certificado de tipo emitido pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), exigido para que suas aeronaves totalmente elétricas de decolagem vertical possam transportar ageiros. A companhia espera obter essa certificação no início do novo ano.
O CEO da Volocopter, Hoke, que planeja deixar a empresa no final de fevereiro, defendeu que a empresa se posiciona na vanguarda das inovações tecnológicas e dos processos de certificação, tanto no âmbito nacional quanto internacional.
Além disso, uma porta-voz da empresa afirmou que a Volocopter pretende utilizar o processo de insolvência como uma oportunidade para reestruturar suas operações e melhorar sua competitividade a longo prazo.
Um dos grandes objetivos da Volocopter era introduzir seus serviços de táxi aéreo nas Olimpíadas de Paris, porém, a falta de uma licença apropriada impediu que isso acontecesse. Apesar disso, a empresa conseguiu realizar voos de exibição durante o evento, mostrando sua aeronave em diferentes locais, incluindo a proximidade do Palácio de Versalhes.
Enquanto isso, a situação da Lilium, que também ou por um processo de insolvência, é diferente. A empresa conseguiu atrair novos investidores antes do Natal e está planejando retomar suas operações em janeiro, utilizando um processo de autoistração.
Agora, o futuro da Volocopter e suas ambições de transformar a mobilidade urbana dependem agora de sua capacidade de atrair investimento e navegar pelas complexidades da reestruturação em um cenário competitivo que está em constante evolução.