
A empresa americana Radia anunciou a de um acordo cooperativo de pesquisa e desenvolvimento (CRADA) com o Departamento de Defesa dos EUA (DoD) para avaliar as capacidades de sua aeronave WindRunner como uma solução logística dual voltada ao transporte de cargas civis e militares de grandes dimensões.
Atualmente em desenvolvimento, o WindRunner promete ser a maior aeronave do mundo em termos de volume. Terá 109 metros de comprimento, 80 metros de envergadura e capacidade para operar em pistas curtas e não preparadas. Segundo a Radia, seu volume interno será doze vezes maior que o de um Boeing 747.
O acordo foi firmado com o Comando de Transporte dos EUA (USTRANSCOM) e permitirá analisar a viabilidade do WindRunner como plataforma comercial para o transporte de cargas críticas, informou o Aviacionline.
Também será avaliada sua possível integração à Frota Aérea da Reserva Civil (CRAF) — programa por meio do qual companhias aéreas dos EUA disponibilizam aeronaves ao Pentágono em situações de crise, como ocorreu durante a evacuação de Cabul em 2021.
Avaliação em quatro eixos
O CRADA prevê uma série de estudos conjuntos em áreas estratégicas:
Capacidade de carga e manuseio: análise dos tipos de carga militar que a aeronave poderá transportar, como equipamentos superdimensionados, materiais aeroespaciais e ajuda humanitária.
Operações terrestres: avaliação da infraestrutura necessária, procedimentos de aeródromo e compatibilidade com instalações não tradicionais.
Planejamento operacional: desenvolvimento de perfis de missão e análise de desempenho do WindRunner em diversos cenários.
Integração com sistemas do DoD: identificação de segmentos logísticos que possam se beneficiar de uma capacidade comercial de carga superdimensionada.
“O WindRunner torna possível entregar as melhores coisas do mundo aos lugares mais difíceis de alcançar”, afirmou Mark Lundstrom, fundador e CEO da Radia. “Esta colaboração demonstra como as capacidades comerciais podem ser integradas para atender às necessidades de defesa nacional.”
O CRADA também permitirá a troca de dados técnicos e operacionais, além de interações diretas entre especialistas da Radia e do DoD. Os resultados do acordo contribuirão para definir novas estratégias de mobilidade aérea voltadas a operações de uso duplo (civil e militar).
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