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Uma triste ocorrência foi registrada na China na última segunda-feira, 21 de dezembro, quando um piloto infelizmente faleceu depois do pouso, após ter ado mal e desmaiado durante o voo.
A incomum eventualidade, segundo relato do The Aviation Herald, deu-se com o comandante do Airbus A319 registrado sob a matrícula B-6480, operado pela companhia aérea chinesa Tibet Airlines.
Os dois pilotos estavam realizando o voo de número TV-9820, de Nanjing a Chengdu, ambas na China, e o jato estava mantendo nível de cruzeiro quando o comandante se sentiu mal e ficou incapacitado.

O companheiro de cockpit, que também é um experiente comandante, assumiu o comando e agilizou a aproximação e o pouso em Chengdu, conseguindo chegar ao destino cerca de 35 minutos antes do previsto. O comandante incapacitado ainda foi levado com vida para um hospital, mas posteriormente não resistiu e faleceu.
A companhia aérea, que inicialmente informou à mídia chinesa que não sabia de tal ocorrência e estava verificando, posteriormente confirmou que o comandante do voo não se sentiu bem durante o voo, foi levado para um hospital, mas morreu.
Até a publicação desta matéria, não há confirmação sobre qual seria a causa do desmaio e da morte.
Fontes dentro da companhia aérea informaram que o comandante era um dos melhores pilotos da empresa.
Agilizando o pouso
Para muitas pessoas não familiarizadas de forma técnica com a aviação, pode parecer estranha a ideia de se ganhar tempo na chegada da aeronave ao destino. Afinal, se é possível voar com velocidade maior, por que isso já não é feito habitualmente para tornar todos os voos mais rápidos?
A justificativa para essa pergunta está diretamente relacionada ao custo. Dois fatores principais se destacam em relação a isso: consumo de combustível e desgaste.
Em relação ao primeiro fator, um avião não costuma voar na velocidade máxima para a qual foi projetado porque quanto maior a velocidade maior é também a resistência do ar atrapalhando o voo. Então o voo sempre é feito na velocidade calculada para ter a melhor eficiência de tempo versus consumo.
Em relação ao segundo fator, desgaste, a ideia é semelhante. Voar na velocidade máxima permitida resultaria em maiores forças aerodinâmicas sobre diversos componentes, causando desgastes mais acelerados deles. Os motores também sofreriam maior desgaste em função da potência mais alta selecionada para manter a velocidade máxima. Tudo isso levaria a menor intervalo de manutenções e trocas de peças, aumentando mais o custo.
Adicionalmente, além de voar com maior velocidade em um caso excepcional como este, o piloto também pode solicitar prioridade em função da emergência. Assim, algum tempo será ganho ao voar de forma mais direta ao destino e sem precisar aguardar outras aeronaves que estariam pousando antes em uma situação normal.