
Um incidente no Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) em Nova York, ocorrido no dia 8 de março, entre um piloto da JetBlue e um controlador de tráfego aéreo, gerou um diálogo tenso e revelador sobre a dinâmica nas comunicações. O evento teve como pivô o voo B6-815, um Airbus A321 com destino a San Francisco.
Enquanto cerca de doze aeronaves aguardavam para decolar da pista 31L, formando filas em diferentes táxis, o piloto da JetBlue levantou preocupações sobre a ordem de decolagem, sinalizando que a confusão poderia estar causando atrasos.
O diálogo começou quando o piloto observou que uma aeronave da Ethiopian Airlines não estava avançando, supostamente por incertezas sobre a sequência de decolagem. O tom da conversa rapidamente se tornou acalorado, com o piloto da JetBlue afirmando: “Eles não estão avançando porque não conhecem sua sequência, senhor.”

O controlador de tráfego aéreo, em resposta, pediu que o piloto se identificasse, ao que o piloto respondeu com seu indicativo de voo. A tensão aumentou quando o controlador insistiu que as instruções já haviam sido dadas e que o Ethiopian Airlines estava ciente de sua posição.
O piloto comentou: “Eu só gostaria que você fizesse isso melhor,” ao que o controlador respondeu sarcasticamente, sugerindo que o piloto poderia fazer o trabalho dele.
A conversa continuou com uma troca de alfinetadas, onde o controlador questionou se o piloto estava pronto para fazer uma chamada após a decolagem. “Fazer uma chamada” é um procedimento padrão, adotado em casos de disputas na frequência de rádio do tráfego aéreo nos EUA, onde o controlador a um número de telefone para o qual o piloto deve ligar e relatar sua versão do ocorrido. Isso é feito quando o controlador também vai submeter uma reclamação sobre um piloto.
O, no entanto, afirmava estar pronto para partir, sem a intenção de fazer uma ligação naquele momento.
Esse embate verbal expõe não apenas a pressão que ambos os lados enfrentam, mas também uma falta de comunicação que poderia ser resolvida de maneira mais civilizada.
A análise do incidente revela que ambos os lados têm suas falhas. O piloto, embora com boas intenções ao querer evitar confusões, deveria ter se identificado de maneira mais clara, enquanto o controlador poderia ter abordado a situação com mais calma e profissionalismo.
Toda a situação foi gravada e divulgada pelo canal VASAviation, no Youtube, como pode ser visto abaixo.