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Uma inusitada situação foi descoberta pelos técnicos de manutenção de um aeroporto depois de um piloto reportar problema com o sistema de auxílio visual ao pouso em uma das pistas.
Segundo reporta em seu perfil no Twitter o espanhol “Controladores Aéreos”, há alguns dias os pilotos de um voo que chegava ao Aeroporto Internacional El Prat, de Barcelona (Espanha), notificou ao controlador de tráfego aéreo que uma das luzes do sistema PAPI da pista 25L estava mais fraca do que as demais.
PAPI é o acrônimo de “Precision Approach Path Indicator”, ou Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão.
Você talvez já tenha visto que ao lado de algumas pistas, no gramado, pode existir um conjunto de luzes alinhadas lado-a-lado, que podem mudar entre as cores branca e vermelha conforme a aeronave se aproxima. Elas são o sistema PAPI, ou então VASI, de “Visual Approach Slope Indicator”, ou Indicador de Inclinação de Aproximação Visual (a designação de PAPI ou VASI varia conforme o tipo de sistema, mas possuem a mesma concepção de funcionamento).

Essa mudança de cor das luzes é um auxílio visual para que o piloto saiba se está fazendo uma descida correta até a pista, ou se está mais alto ou mais baixo do que a trajetória ideal.
Funciona assim: cada uma das luzes tem um ângulo diferente em relação ao solo, uma cada vez mais alta que a outra. Se a aeronave estiver acima do ângulo de uma luz, ele a verá branca. Se estiver abaixo do ângulo, ele a verá vermelha (ou seja, cada luz tem, na verdade, duas diferentes lentes nas cores branca e vermelha).

Assim, como esses diferentes ângulos das luzes são calibrados para fornecerem a aproximação correta até a pista:
– se o piloto estiver na “rampa” correta de descida, metade das luzes estará vermelha e a outra metade, branca;
– se o piloto descer demais, mais luzes que estão brancas arão a ser vistas vermelhas, e ele saberá que desceu demais;
– se o piloto ficar muito alto na rampa, então mais luzes serão vistas por ele como brancas ao invés de vermelhas.

E foi uma dessas luzes que a tripulação da aeronave que pousava no Aeroporto de Barcelona notou que estava fraca demais e reportou como problema ao controlador de tráfego aéreo.
Porém, não se tratava de uma falha no funcionamento do sistema de luzes. Quando os técnicos do aeroporto chegaram ao local para analisar o motivo do problema, descobriram que, na verdade, “alguém” estava lá atrapalhando a emissão da luz.
As fotos divulgadas pelo perfil Controladores Aéreos mostram que uma lagartixa (ou um pequeno lagarto ou qualquer outro animal semelhante) havia se posicionado na lente de uma das luzes. Veja as imagens a seguir:
Hace unos días, una tripulación llegando a #Barcelona notificó menor intensidad en una de las luces del PAPI (Indicador de trayectoria de aproximación) de pista 25L Barcelona. Efectivamente, al ir a revisarla, un bichito estaba muy a gusto y le tuvieron que invitar a salir. 🦎😉 pic.twitter.com/fssFvL8Adt
— 😷Controladores Aéreos 🇪🇸 (@controladores) March 13, 2021
Não é possível saber se o animal estava apenas se aquecendo no local ou se acabou “fritado” ao entrar ali, afinal, as luzes devem ter uma potência considerável. Mas, conforme a descrição da publicação no Twitter, ele foi “convidado a sair”, portanto, talvez ele estivesse vivo.