Um piloto da Air India Express sofreu uma parada cardíaca no Aeroporto de Déli, na Índia, na última quarta-feira (9), pouco após concluir com segurança um voo que partiu de Srinagar.
O copiloto Armaan, de aproximadamente 36 anos e recentemente casado, havia operado o trecho Déli-Srinagar-Déli naquele dia. Segundo o Times Of India, após o pouso em Déli, ele foi ao banheiro da aeronave, onde vomitou. Em seguida, desmaiou na galley dianteira e foi socorrido pela tripulação e por funcionários em solo até o centro médico do aeroporto. Posteriormente, foi levado a um hospital particular em Vasant Kunj, mas não resistiu.
“Lamentamos profundamente a perda de um colega tão estimado em razão de uma condição médica. Nossos pensamentos estão com a família neste momento de imensa dor. Estamos oferecendo todo o apoio possível aos familiares enquanto todos lidamos com essa perda irreparável. Pedimos a todos que respeitem a privacidade neste momento e evitem especulações desnecessárias, enquanto colaboramos com as autoridades competentes para o devido processo”, afirmou um porta-voz da Air India Express.
Armaan, que era conhecido apenas pelo primeiro nome, havia ingressado na Air India Express em 2023, vindo da SpiceJet. Segundo informações, ele havia voado menos de 12 horas nos últimos sete dias.
Apesar disso, a Associação de Pilotos de Linha Aérea da Índia (ALPA) afirmou, em nota, que há uma necessidade urgente de regulamentações transparentes que priorizem o descanso dos pilotos, a segurança e escalas de trabalho mais humanas.
Representando mais de 800 pilotos de companhias aéreas indianas, a entidade destacou a importância de sistemas abrangentes de apoio à saúde mental dentro das empresas aéreas – não apenas como uma formalidade, mas como serviços ativos, íveis e livres de estigmas. Segundo a ALPA, a morte prematura do comandante Armaan levanta questões preocupantes sobre o bem-estar dos pilotos, sua saúde mental e as condições de trabalho na aviação indiana.
Embora a morte trágica de Armaan não tenha sido diretamente associada à fadiga, muitos pilotos afirmam que, há tempos, vêm pedindo por condições de trabalho menos exaustivas no país. Após longos atrasos, regras ligeiramente menos rígidas sobre limitações de tempo de voo (FDTL) — que definem, por exemplo, quantas horas um piloto pode voar, os períodos mínimos de descanso e restrições a voos noturnos — devem finalmente entrar em vigor neste verão.
“Muitos pilotos têm perdido a vida de forma repentina nos últimos anos, especialmente após a pandemia, e temos lutado por regras de FDTL mais humanas. Só esperamos que nada mais atrase a implementação dessas novas normas, como já aconteceu anteriormente. Pilotos bem descansados e sem estresse são fundamentais para garantir voos seguros”, alertaram diversos comandantes experientes.
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