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Pilotos decolam a partir de ponto incorreto da pista por pressão e por “achar que conheciam o aeroporto”

ERIC SALARD, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

Um incidente envolvendo um Airbus A320 da EasyJet no aeroporto de Toulouse em 2023 levantou preocupações. Em 30 de julho de 2023, a aeronave, identificada como G-EJCI, realizou uma decolagem a partir de um ponto de interseção incorreto, resultado de uma série de fatores que culminaram na situação arriscada.

De acordo com investigações conduzidas pelo UK Air Accidents Investigation Branch, a falha está relacionada a uma combinação de alta carga de trabalho da tripulação e um “modelo mental” impreciso do aeroporto.

Após chegar a Toulouse com um atraso de 90 minutos, a pressão sobre a tripulação foi notável durante a preparação para o voo de retorno a Londres-Gatwick.

Embora os pilotos tenham realizado os cálculos de desempenho para uma decolagem da pista 32R a partir da interseção N2, a discussão sobre o trajeto de táxi foi breve, sem abordar especificamente a localização da interseção, que não era visível do ponto de estacionamento da aeronave.

Enquanto a A320 se posicionava para decolar, a autorização foi dada para alinhar e partir da interseção N2, mas a aeronave se aproximava na verdade da interseção N4.

A aplicação utilizada pela tripulação, intitulada FlySmart+, apresentava a localização da interseção N2, mas não exibia informações sobre N4, uma vez que a EasyJet não a utiliza para decolagens de jatos com mais de 7 toneladas. Essa falta de informação acabou prejudicando o modelo mental dos pilotos em relação ao layout da pista.

A investigação revelou que as condições de alta carga de trabalho limitaram a capacidade de atenção da tripulação, resultando em uma consciência situacional “subótima”.

A equipe não conseguiu processar todas as informações ambientais relevantes e falhou em perceber a sinalização externa nas interseções da pista. O controlador de torre também não monitorou visualmente a aeronave, permitindo que esta se dirigisse incorretamente para o ponto de espera N4.

Consequentemente, a distância disponível para decolagem foi reduzida em aproximadamente 500 metros. Ao decolar, a A320 ou pelo final da pista a uma altitude de apenas 180 pés (ou cerca de 60 metros).

A análise do ocorrido aponta que o ambiente operacional “desafiador” criou uma mentalidade de pressa, refletindo uma percepção de necessidade de “manter a operação fluindo”, o que pode levar à saturação de tarefas e à gestão inadequada de prioridades.

Em resposta ao incidente, a EasyJet implementou mudanças nos procedimentos relacionados às intenções de táxi, além de notificar a tripulação sobre a indisponibilidade de algumas interseções.

A companhia também se comprometeu a revisar sua aplicação ‘FlySmart+’ para garantir a inclusão de todas as interseções, em uma tentativa de evitar que erros similares ocorram no futuro.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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