
A Airbus enfrenta um desafio com seu último novo jato de ageiros A321 XLR, depois que as salvaguardas de design necessárias para a certificação foram acordadas com os reguladores europeus. Segundo fontes do setor, o peso adicional exigido pelos reguladores reduziu o alcance máximo previsto para o avião de 4.700 milhas náuticas (8.700 km) para cerca de 4.000 milhas náuticas (7.400 km).
No lançamento do A321XLR em 2019, a Airbus pretendia expandir a linha do bem-sucedido jato A321neo, assim como avançar sobre os planos da Boeing de construir um novo jato de médio porte, que foram posteriormente descontinuados. Com o novo tanque de combustível, o alcance era estimado em 15% maior que o A321LR.
No entanto, as mesmas preocupações de incêndio e evacuação levantadas pelos reguladores levaram à necessidade de diálogo sobre o design. Para atender à certificação, a Airbus adicionou um revestimento protetor ao tanque de combustível, bem como outros reforços, dizem as fontes. O peso adicional no projeto, que foi estimado em 700 a 800 quilos, contribuiu para reduzir o alcance do avião.
Como informa a matéria da Reuters, o alcance mais limitado do avião pode atrapalhar vários planos das empresas aéreas. Alguns clientes do A321XLR também estão sendo oferecidos acordos para adquirir o Airbus A330neo para substituir a lacuna do desempenho desejado.
Segundo o porta-voz da Airbus, não há expectativa de impacto significativo na vantagem de alcance exclusiva do XLR no segmento, mas não se sabe se o mercado acha o mesmo. A Airbus espera chegar à certificação do jato até o final do ano, com entrega da primeira unidade no segundo trimestre de 2024.